segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Lealdade

Em interessante e oportuno artigo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 27/09/08, intitulado Hora e Vez da Lealdade, Mauro Chaves deplora o fato deste valor, entre outros, ter se perdido na sociedade brasileira.

Segundo ele, pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, detectou que apenas 3% dos brasileiros acham que é possível confiar nos outros, contra 65% nas democracias avançadas. Os números mostram que a lealdade é um bem que, entre nós, se evaporou.

Vergasta o autor, sobretudo os políticos, que se comportam de forma a instaurar um clima generalizado de desconfiança nos eleitores, agindo deslealmente, movidos pelo oportunismo.

Indaga ele: Merecem confiança os reincidentes em produzir cizânia e rachas partidários?

Entre várias citações, que menciona para realçar o valor da lealdade, destaco uma: A lealdade refresca a consciência, a traição atormenta o coração (Marquês de Maricá).

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Eleição municipal. Ressaltam por muitos modos uns compromissos velados, espúrios, detectáveis. Para o cientista político Geraldo Tadeu Moreira Monteiro, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), HORÁRIO ELEITORAL gratuito NÃO INFLUENCIA o eleitor. Assiste a ele quem já tem candidato, só para torcer. PESQUISA também NÃO influencia o eleitor. Influencia antes aos doadores de campanha, aos meios de comunicação (O Povo, p.ex.). Eleitor não vota porque o candidato está na frente. Nada disso parece saber Erivaldo Carvalho. “O que acontece mais de uma vez, tem grandes chances de acontecer de novo”. Esta e outras pérolas de Erivaldo Carvalho lê-se hoje em O Povo. Gasta nisso 1/3 do precioso espaço de uma página. Texto e estilo comezinhos, domésticos, domesticados, francamente entusiasmados com as pesquisas e os prognósticos favoráveis a Luizianne e grupelho da reeleição. Chega a dizer que se trata da luta de “Davi contra...” Pudesse a candidata ter um ghost-writer em O Povo, não esperaria dele nada mais amistoso. Está encantado com a “competência” do marqueteiro da candidata. Pretende que o resultado favorável ao grupelho da reeleição em 5 de outubro é “forte previsão”. Depois termina de desperdiçar a Coluna Política com achar um destino para os outros candidatos; aponta-lhes a “Câmara dos Deputados”.

Anônimo disse...

A pesquisa detecta realmente o quão ordinário se tornou, na conduta político-partidária, a prevalência dos interesses individuais em face dos interesses estatutários. Na minha Maranguape, existem vários, inclusive um conhecido deputado useiro e vezeiro dessa prática.

Célio Ferreira Facó disse...

Políticos sejam fiéis ao seu povo, sua terra, seu pensamento. Jornalistas também. Neste momento, quando se decidirá pela exigência ou não do diploma para exercer a profissão, vemos como faltam bons argumentos para defender a exigência. Patrões e corporações patronais são contra. Juristas, doutrinadores apontam inconstitucionalidade no projeto. Jornalistas em geral são pela manutenção da exigência do diploma específico. Guálter George, p. ex., de O Povo. Plínio Bortolotti propõe alguma flexibilidade: quer não o diploma específico como condição sine qua non, mas “pós-graduação na área de comunicação. Às vezes, para defender a idéia, algum jornalista expõe-se ao ridículo, tropeça: certa Inês Aparecida pôde sair-se, outro dia, com esta pérola de raciocínio: “...Se assim não fosse, me consideraria traidora da classe". Imagine-se o tipo de matérias que não sairá de sua pena.