A Caixa Econômica anunciou o nome da empresa vencedora da concorrência para executar as obras de adaptação do edifício da antiga alfândega, onde funcionou até pouco tempo uma agência de penhores daquele instituição bancária.
Finalmente parece estar chegando ao fim uma longa novela que poderia ter sido muito mais breve não fora a falta de cooperação da Prefeitura de Fortaleza.
No governo empenhei-me para que a Caixa Econômica e o Banco do Brasil instalassem em nossa capital centros culturais nos moldes dos que mantêm em várias capitais do país.
Em relação à Caixa os entendimentos avançaram mais rápido tendo o então presidente Jorge Matoso logo apoiado nosso pleito.
A demora inicial decorreu da necessidade de se encontrar imóvel a ser locado nas imediações da agência a ser desativada e em condições de abrigar instalações que atendessem às exigências da carteira de penhores.
Afinal, com meu envolvimento pessoal, a questão foi solucionada e iniciadas as obras de adaptação do prédio, segundo as exigências da Caixa.
Vindo ao Ceará, em solenidade na agência da alfândega, o presidente Jorge Matoso apresentou a maquete do projeto do Centro elaborado por firma especializada ganhadora da licitação. A prefeita de Fortaleza, convidada, lá não apareceu.
Vencidas essas dificuldades, que não foram pequenas, pensava que daí por diante tudo seria mais fácil. Ledo engano.
A prefeitura demorou mais de um ano, após inúmeras exigências, para conceder o alvará de construção alegando a necessidade de maiores estudos para avaliar o impacto sobre o tráfego na área.
A discriminação da prefeitura ficou mais evidente quando se compara com o tratamento dado à construção do centro de eventos, equipamento muito mais complexo, e gerador de tráfego em região extremamente congestionada.
Apesar de ignorar requisitos legais indispensáveis a obra está andamento com a conivência da autoridade municipal.
Como se pode ver, dois pesos e duas medidas, na falta de espiríto público em ambos casos.