quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Centro Cultural

A Caixa Econômica anunciou o nome da empresa vencedora da concorrência para executar as obras de adaptação do edifício da antiga alfândega, onde funcionou até pouco tempo uma agência de penhores daquele instituição bancária.

Finalmente parece estar chegando ao fim uma longa novela que poderia ter sido muito mais breve não fora a falta de cooperação da Prefeitura de Fortaleza.

No governo empenhei-me para que a Caixa Econômica e o Banco do Brasil instalassem em nossa capital centros culturais nos moldes dos que mantêm em várias capitais do país.

Em relação à Caixa os entendimentos avançaram mais rápido tendo o então presidente Jorge Matoso logo apoiado nosso pleito.

A demora inicial decorreu da necessidade de se encontrar imóvel a ser locado nas imediações da agência a ser desativada e em condições de abrigar instalações que atendessem às exigências da carteira de penhores.

Afinal, com meu envolvimento pessoal, a questão foi solucionada e iniciadas as obras de adaptação do prédio, segundo as exigências da Caixa.

Vindo ao Ceará, em solenidade na agência da alfândega, o presidente Jorge Matoso apresentou a maquete do projeto do Centro elaborado por firma especializada ganhadora da licitação. A prefeita de Fortaleza, convidada, lá não apareceu.

Vencidas essas dificuldades, que não foram pequenas, pensava que daí por diante tudo seria mais fácil. Ledo engano.

A prefeitura demorou mais de um ano, após inúmeras exigências, para conceder o alvará de construção alegando a necessidade de maiores estudos para avaliar o impacto sobre o tráfego na área.

A discriminação da prefeitura ficou mais evidente quando se compara com o tratamento dado à construção do centro de eventos, equipamento muito mais complexo, e gerador de tráfego em região extremamente congestionada.

Apesar de ignorar requisitos legais indispensáveis a obra está andamento com a conivência da autoridade municipal.

Como se pode ver, dois pesos e duas medidas, na falta de espiríto público em ambos casos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bote "falta de espírito público" nisso!

Não sei onde anda a nossa imprensa que não comenta nada sobre as "ações" da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Só se vê notícias do tipo "vamos incluir no orçamento participativo" ou "a licitação será no próximo ano" ...

Será que ela é "blindada" como a COELCE?

Célio Ferreira Facó disse...

Esta Prefeitura tão lenta no distribuir investimentos para importantes projetos culturais de Fortaleza, não o é, porém, naqueles expedientes em que pode usar da dispensa de licitação e apelar diretamente para o apoio cego do Zé Povinho.

Leio que o arrasta-pé na Praia de Iracema, no fim do ano, queimou quase 5 milhões. Num pedaço de noite. Num mero pipocar de foguinhos nem tão encantadores assim.

Qualquer que não seja do grupelho dirigente ou não tenha perdido o juízo há de convir que é muito dinheiro para nada.

Metrópole miserável, caótica, cheia de pobreza por todos os lados e no centro, esta Prefeitura não limpou a Praia de Iracema do crime e da prostituição.

Esta Prefeitura acumula obras ATRASADAS, que a Prefeita apresenta no seu monólogo televiso como “em andamento”.

Esta é a mesma que diz que “cuidou” da Periferia no primeiro mandato. Esta parte do monólogo deve ser uma comédia.