terça-feira, 7 de outubro de 2014

Hong Kong

Em Hong Kong manifestações exigem eleições livres para escolha de seu governante. O acordo que colocou um fim no domínio britânico prevê eleições em 2017. Até aqui funcionou na antiga colônia um regime político, o chinês, comunista, e um sistema econômico capitalista. É a fórmula "um país dois sistemas" que tornou possível a transferência do território da Inglaterra para a China.

As manifestações constituem a maior dor de cabeça para o governo chinês desde 1989 quando ocorreram os protestos da praça da Paz Celestial em Pequim. A China quer condicionar a escolha do governador de Hong Kong a uma lista integrada por seis nomes previamente escolhidos pelo governo.

É contra esa limitação que os manifestantes se insurgem enchendo as ruas. É a revolução dos guarda-chuvas, assim chamada graças ao uso do prosaico objeto na defesa contra o gás lacrimogênio e o spray de pimenta empregado pelas forças policiais.

Curioso que o líder dos protestos, Joshua Wong, seja um jovem de apenas 17 anos. Sem querer abrir um precedente que abra uma brecha no fechado regime comunista o governo reluta em ceder à pressão que cobra abertura política. O aceno com a promessa de negociações ainda não sensibilizou os rebeldes.

Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 05/10/14