quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Brasil Melhor

No Brasil, o emprego informal tem diminuído. Há mais trabalhadores com carteira assinada. Houve redução de trabalho infantil. O número de alunos matriculados cresceu 350% nos últimos dez anos. No Ceará, dobrou o número de domicílios com acesso à energia no mesmo período. Em 2006, a renda média do brasileiro aumentou 7,2% em relação ao período anterior. Mais de quinhentas mil pessoas ultrapassaram a linha de pobreza no nosso estado. Enfim, O brasileiro tem um trabalho melhor, ganha mais, ampliou os estudos e vive por mais tempo.

Sim, o Brasil melhorou, é o que se pode depreender dos índices apresentados pelo recém-divulgado relatório do PNAD – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o levantamento socioeconômico que o IBGE promove periodicamente no país, e que na sua mais recente edição revela que houve uma sustentada desconcentração da renda em todas as regiões brasileiras. Há menos pobres no país e muitos dos que continuam pobres estão menos pobres.

Mesmo que sejam resultados em uma medida ainda insuficiente, o levantamento indica que o país vive, e o cenário internacional contribui para isto, um momento promissor. Parece haver uma maior confiança na nossa capacidade de sustentar o nosso desenvolvimento em bases, se não compatíveis com a pressão da demanda, pelo menos o suficiente para nos fazer acreditar que estamos no rumo certo.

Esta percepção positiva é importante, na medida em que nos permite manter alguns consensos capazes de consolidar a estabilidade e garantir a continuidade daquelas políticas públicas que estejam associadas às razões do crescimento.

É preciso persistir naquilo que se comprovou eficiente e avançar na direção de novas conquistas. É preciso ampliar a agenda comum, portanto, e nada como bons resultados para mover as forças sociais na direção deste entendimento.

Por doze anos, como Senador da República e Governador de Estado, estivemos intensamente comprometidos com a busca de soluções para os desequilíbrios sócio-econômicos do país, com especial interesse nos aspectos relacionados ao desenvolvimento do Nordeste e do Ceará, em especial. Neste período, o país viveu mudanças significativas na sua estrutura econômica e no seu modelo de Estado.

Tudo isto se deu no curso de um processo de consolidação do regime democrático, onde a alternância de poder e os mecanismos de participação social legitimaram os caminhos escolhidos e compartilharam responsabilidades que nos fez a todos, em maior ou menor medida, sujeitos, e não apenas objeto, destes resultados.

É pouco. São maiores as necessidades do país, sobretudo dos milhões de brasileiros que ainda se encontram à margem dos benefícios do desenvolvimento. Mas constatar que avançamos aumenta a nossa confiança no futuro.

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