quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Aviso

Comunico aos leitores do blog que, de amanhã (9) até domingo (12), estarei ausente de Fortaleza, em viagem a Salvador.

Peço desculpas se não for possível atualizar o blog durante este período.

Istoé

Da revista Istoé, edição de 08/10/08, seção Brasilconfidencial:

Corda no pescoço

O Secretário da Casa Civil do Ceará, Arialdo Pinho, está com os dias contados. Entrou em rota de colisão com o irmão do governador Cid Gomes. o deputado Ciro Gomes. O motivo foi ter dado uma mãozinha financeira à petista Luizianne Lins na campanha à reeleição.

Xadrez


O jogo de xadrez pode ser um valioso auxiliar no tratamento de crianças hiperativas.

Pelo menos é o que demonstra experiência feita em São Paulo, onde Solange Ferreira, Coordenadora Pedagógica do Colégio Diocesano, em Orlandia, região de Ribeirão Preto, usa o xadrez, matéria obrigatória na grade curricular, como coadjuvante no tratamento de crianças portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A iniciativa recebeu o Prêmio Dica de Mestre, competindo com 86 projetos de todo o País, durante o Congresso de Neurociências e Educação Aprender Criança.

Como o jogo exige concentração, pode ajudar no combate à falta de atenção, impulsividade e hiperatividade, que caracterizam a síndrome.

Durante o meu Governo, celebrei acordo com o Colégio Farias Brito, que deu acesso e disponibilizou instrutores para o aprendizado do xadrez por alunos das escolas públicas estaduais.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 28/09/08.

Coronéis


No PSDB, em São Paulo, não somos um partido de coronéis, não pratico dedazo.

José Serra, Governador do Estado de São Paulo.

- Dedazo: indicação do sucessor feita pelo Presidente do México, prática vigente no Partido Revolucionário Institucional (PRI).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Empréstimo

A imprensa noticiou que o Banco Mundial autorizou a contratação de empréstimo com o Governo do Ceará, de US$ 240 milhões, mediante uma operação tipo swap, dentro do projeto de crescimento integrado, que deverá privilegiar as áreas de educação e saúde.

Durante o meu Governo, foi contratado empréstimo na modalidade swap, o primeiro no mundo feito pelo Banco Mundial a um Estado sub-nacional. O projeto foi concebido e elaborado por uma equipe de técnicos do Estado e do Banco, sem o emprego de consultorias, em tempo recorde.

A operação, pelo seu ineditismo e sucesso gerencial por parte do Estado, tornou-se exemplo para outros países e estados brasileiros. Minas Gerais seguiu o caminho por nós aberto, sendo o segundo Estado a contratar empréstimo nos mesmos moldes, ainda que sem o mesmo detalhamento de metas a serem atingidas.

Em que consiste essa operação? Comumente, os empréstimos das agências financeiras internacionais estão voltados para objetivos específicos, geralmente de natureza física, estradas, escolas, eletrificação, hospitais, etc. O novo modelo de empréstimo, dá mais liberdade ao contratante para empregar os recursos, vinculando as liberações das parcelas ao cumprimento de metas fiscais, de gestão, ambientais, de saúde, etc, de acordo com a pactuação que houver sido estabelecida.

A nota emitida pelo Banco Mundial, comunicando a aprovação do crédito pela diretoria do Banco, menciona declaração feita pelo Governador do Estado nos seguintes termos: Com o apoio do primeiro projeto swap, o Ceará tem conseguido alcançar níveis relativamente altos de cobertura em diversas áreas-chave de desenvolvimento social, como educação e saúde.

Obrigado pelo reconhecimento!

Saiba mais no Diário do Nordeste, edição de 01/10/08.

Fundamentalismo


O fundamentalismo religioso emergiu, no fim do século passado, como um movimento de grande repercussão na sociedade americana, com impacto político de dimensões consideráveis. Em uma sociedade profundamente religiosa, mais que a Europa Ocidental ou o Japão, temas ligados à fé costumam ganhar proporções que afetam a vida política do País.

Para se ter uma idéia do sentimento religioso nos Estados Unidos (EUA), uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup, em 1979, revelou que 80% dos americanos acreditavam na origem divina de Jesus Cristo. Um em cada três americanos adultos confessou ter passado por uma experiência de conversão religiosa e quase a metade deles acredita na Bíblia como um livro infalível.

Agora mesmo, na atual campanha eleitoral, o debate político está impregnado de religião e etnia. Grupos cristãos conservadores pregam o criacionismo, defendem sua inclusão nos currículos das escolas e divulgam sua doutrina de forma aguerrida. Assumem um papel cada vez mais evangelizador.

Segundo Simpson, citado à página 38 do livro O Poder da Identidade - A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, de Manuel Castells, o fundamentalismo cristão consiste em um conjunto de crenças e experiências cristãs que incluem:

-Fé na absoluta inspiração divina da Bíblia, bem como em sua infalibilidade.

-A salvação individual mediante a aceitação de Cristo como o Salvador (tendo ressuscitado), por conta de sua redenção dos pecados dos homens em sua morte e ressurreição.

-A expectativa do retorno do Cristo do paraíso à terra, antes do fim do milênio.

- O apoio às doutrinas cristãs dos protestantes ortodoxos, como nascimento virginal e a Santíssima Trindade.

Recomendo aos interessados em conhecer melhor o complexo funcionamento da sociedade nos dias de hoje, a leitura do livro de Castells, que aborda, de forma compreensível, as transformações fragmentárias e paradoxais da humanidade, sob o impacto das novas mídias e das redes formadas graças ao extraordinário desenvolvimento das comunicações.

Credor

O Brasil já é o quarto maior credor individual dos Estados Unidos (EUA). O País tem US$ 148 bilhões em títulos do tesouro americano. Só é ultrapassado pelo Japão, com US$ 593,4 bilhões, pela China, US$ 518 bilhões, e Grã Bretanha, US$ 280 bilhões.

Em apenas um ano, o Brasil comprou US$ 77,8 bilhões, mais do que o Fundo Monetário Internacional (FMI) nos emprestou em todos os tempos.

Esses títulos são o investimento mais seguro do mundo. Estamos longe de temer um calote americano.

Com o desencadear da crise, a remuneração dos papéis caiu para praticamente zero, devido à grande demanda gerada com a busca de segurança pelos investidores.

Todavia, o aumento da dívida dos Estados Unidos, em razão da crise, já desperta alguma preocupação quanto à excessiva exposição em dólar. Embora a situação seja confortável, países como a Índia e a Rússia já diversificam seus investimentos. A Rússia está com cerca de 45% de suas reservas denominadas em dólar, e a Índia com 40%.

A China, uma das maiores financiadoras do deficit americano, tem muitos títulos da Fannie Mae e da Freddie Mac, agências socorridas pelo Governo para evitar o calote.

O crescimento da participação do Brasil na carteira de financiadores do deficit americano é um fenômeno relativamente novo, pois data dos últimos cinco anos.

A participação brasileira na liga de grandes credores deverá ser mais notada, merecendo maior atenção futura do Governo dos Estados Unidos.

Saiba mais em O Estado de S. Paulo, edição de 05/10/08.

domingo, 5 de outubro de 2008

Criminalidade

Os homicídios em São Paulo caíram 72% ao longo de sete anos.

O mesmo ocorreu nos Estados Unidos, onde crimes, violentos e não violentos, declinaram de modo extraordinário, durante a década de 90. A queda ocorreu em todos os estados, embora tenha sido maior em Nova York, nas cidades grandes e nas menores, nas zonas urbanas e rurais.

As causas do recuo em São Paulo estão por ser melhor conhecidas. Nos Estados Unidos, estudos indicam alguns dados que explicam o fenômeno. Vejamos alguns deles:

- Mudanças na pirâmide demográfica. Redução do número de jovens na faixa de 15-24 anos, grupo que mais se envolve com o crime.

- Investimento na polícia. Durante o governo Clinton, houve transferência de recursos federais para os estados investirem em ampliação, treinamento, modernização da gestão das polícias e incentivo ao policiamento comunitário.

- Acentuado desenvolvimento ecônomico. No período Clinton, a economia americana cresceu e ocorreu redução no desemprego.

- Notável redução na "epidemia" do crack, constatada por várias pesquisas.

Há, ainda, quem alegue que a descriminalização do aborto e o aumento do número de encarcerados possa ter contribuído para a redução da criminalidade. O impacto destes dois fatores, na diminuição dos crimes, parece ter sido pequeno.

No caso de Nova York, ao que parece, outros fatores, que não a tolerância zero e o maior número de prisões, podem ter influído mais na diminuição da violência.

Um estudioso do assunto, Jeffrey Fagan, Professor da Escola de Direito da Universidade de Columbia, afirma que a criação de 250.000 novas habitações populares, durante os anos 90, tenha sido mais importante para o decréscimo da criminalidade que o encarceramento de milhares de novos presos no mesmo período.

O Professor menciona ainda em seus estudos o fato de Nova York ter convivido com três "epidemias" de consumo de drogas ilícitas. A de heroina, no início dos anos 70; a da cocaína, no fim dos anos 70; a do crack, nos anos 80. As taxas de homicídios provocadas por armas de fogo guardam relação com as curvas das "epidemias" de drogas.

O fato é que devem ser estimulados estudos que ajudem a melhor compreender as causas da violência, fenômeno de grande complexidade, conhecendo-se melhor o peso de cada uma na incidência da criminalidade. Interpretações simplistas, estimuladas pela ansiedade da população ou pela publicidade de governos, não contribuem de modo efetivo para o conhecimento aprofundado do problema.

Saiba mais lendo o artigo O crime caiu. Por quê?, de Julita Lemgruber. Está em O Globo, edição de 04/10/08.

Reversão

O Deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ameniza sensivelmente as críticas ácidas que fazia à Prefeita Luizianne Lins.

A culpa dos problemas que afligem a cidade já não são mais apenas dela. Atribui o êxito eleitoral da Prefeita à sua personalidade política e carisma. E à contratação do Duda Mendonça para conduzir a campanha.

Aliás, o mesmo que fez a do irmão, em 2006. A quem considerou competente para vender sabonete e até outra mercadoria mal cheirosa...

Admite, por fim, que o insucesso da Senadora Patrícia Gomes decorreu do fato ter se lançado em hora inoportuna, quando os acordos políticos já estavam feitos. Quer dizer, a culpa é dela.

Está preparado o caminho para o Deputado, daqui a alguns dias, elogiar Luizianne Lins com aquele discurso cravejado de adjetivos.

É muita confiança na memória curta das pessoas.

Saiba mais no Diário do Nordeste, edição de 03/10/08.

Eólica

Os projetos dos parques geradores de energia eólica, aprovados há tempos, vão, aos poucos, sendo instalados.

Quem aproveita bem a oportunidade, segundo li na coluna do jornalista Egídio Serpa, é a empresa cearense Technomat, fabricante das torres de sustentação dos aerogeradores.

Desmentido II

Da coluna de Egídio Serpa, no jornal Diário do Nordeste, edição de 04/10/08:

Siderúrgica

Por causa da crise, a Vale pode pisar no freio de mão de sua sociedade na Siderúrgica do Pecém. É que a empresa viu desabar o preço das commodities e viu engrossar também a posição dos chineses, que não aceitam reajuste no preço do minério que lhes fornece a empresa brasileira. Mas este freio é só enquanto durar a crise, admite o mercado.

É pena, mas o Ceará não é mesmo o centro do mundo...

A frase do dia

A solidão imposta é atroz; escolhida, é deliciosa. O risco é a companhia do ressentimento.