terça-feira, 7 de outubro de 2008

Credor

O Brasil já é o quarto maior credor individual dos Estados Unidos (EUA). O País tem US$ 148 bilhões em títulos do tesouro americano. Só é ultrapassado pelo Japão, com US$ 593,4 bilhões, pela China, US$ 518 bilhões, e Grã Bretanha, US$ 280 bilhões.

Em apenas um ano, o Brasil comprou US$ 77,8 bilhões, mais do que o Fundo Monetário Internacional (FMI) nos emprestou em todos os tempos.

Esses títulos são o investimento mais seguro do mundo. Estamos longe de temer um calote americano.

Com o desencadear da crise, a remuneração dos papéis caiu para praticamente zero, devido à grande demanda gerada com a busca de segurança pelos investidores.

Todavia, o aumento da dívida dos Estados Unidos, em razão da crise, já desperta alguma preocupação quanto à excessiva exposição em dólar. Embora a situação seja confortável, países como a Índia e a Rússia já diversificam seus investimentos. A Rússia está com cerca de 45% de suas reservas denominadas em dólar, e a Índia com 40%.

A China, uma das maiores financiadoras do deficit americano, tem muitos títulos da Fannie Mae e da Freddie Mac, agências socorridas pelo Governo para evitar o calote.

O crescimento da participação do Brasil na carteira de financiadores do deficit americano é um fenômeno relativamente novo, pois data dos últimos cinco anos.

A participação brasileira na liga de grandes credores deverá ser mais notada, merecendo maior atenção futura do Governo dos Estados Unidos.

Saiba mais em O Estado de S. Paulo, edição de 05/10/08.

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