quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pesos e medidas


Os dirigentes de órgãos ambientais no Ceará, presos pela polícia federal no curso da operação marambaia, receberam tratamento diferenciado de seus superiores. A presunção de inocência, que em princípio deve ser respeitada até a decisão da justiça, não é incompatível com o afastamento dos acusados enquanto durem as investigações.

O governo federal afastou os funcionários sob sua jurisdição das chefias que ocupavam até que se esclareça o caso. Prefeita e Governador optaram por manter seus representantes à testa das repartições de meio ambiente das respectivas esferas. Eles não estariam moralmente impedidos de continuar no comando desses órgãos enquanto estiverem sendo averiguados?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Crise

De tanto ouvir autoridades estaduais e federais dizerem que a crise financeira mundial não vai afetar isso nem aquilo, chego a pensar que não há crise nenhuma.

É tudo invenção da imprensa a serviço de especuladores ocultos...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Aí, é Ferrim!


Quinta-feira última, 30 de outubro, tomei posse no cargo de Presidente de Honra do Ferroviário Atlético Clube, o time de futebol mais simpático da cidade.

O jornalista Alan Neto disse, em sua coluna no jornal O Povo, que ainda chamo o Ferrão de Ferrim. É por uma questão de hábito e gosto. Acho o diminutivo mais carinhoso.

Consultado por alguns amigos da diretoria do clube, aceitei o convite, que não implica em funções executivas, para colaborar com a experiência e os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, para o sucesso do time pelo qual torço desde a infância.

O futebol é um importante fator de mobilização social, cabendo aos clubes congregar torcedores e familiares, para desenvolver o civismo e a educação através do esporte. Estimular o amadorismo e as escolinhas de futebol para crianças e adolescentes, pode ser um bom caminho para isso.

A frase do dia

O cargo de vice não vale um balde de urina quente.

John Nance Garner, o primeiro vice de Franklin D. Roosevelt.

Poesia

Finados

O dia dos mortos lembra
A finitude da vida, e nos pede,
Na pressa dos dias,
Pensamento e ação,
Humildade e Glória,
Amor e razão.

No concílio dos mortos
O silêncio é a voz que nos fala
De desaprendidas lições
Sumidas no vácuo de corpos sem almas.

A poeira do tempo
É o pó dos humanos desfeitos,
O início da vida.

O passado não passa
Para quem passou do passado.
Tudo que resta, é o melhor
Do que presta.

Se nossos fantasmas nos chamam,
Ouvi-los é o melhor a fazer.
Sem eles a vida nunca será bem vivida.

domingo, 2 de novembro de 2008

Nudez

O ator Pedro Cardoso desatou uma polêmica ao se opor contra o que considera um abuso da nudez no cinema e na televisão. Fê-lo em discurso, antes da exibição do filme de Domingos de Oliveira, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, durante o Festival do Rio. Sugiro para o manifesto, o título de Toda Nudez Será Filmada.

O conhecido ator, que não tem nada de moralista, denuncia as implicações morais e trabalhistas da exigência de nudez para atender ao voyeurismo e disfunção sexual de diretores e roteiristas que nos impingem essas cenas macabras. Forte, não? Para ele, a nudez na arte, que foi uma conquista contra a repressão sexual, tornou-se apenas um modo de atrair público.

Haveria, assim, uma nudez natural, artística, aceitável, dentro de um determinado contexto narrativo. E outra forçada, pornográfica, destinada a chamar público ou atender instintos dos que detém uma posição de força em relação aos artistas.

A banalização da nudez não tem inspiração estética. Reproduz cenas de prostíbulos, que já abastecem os interessados, via canais especializados da TV a cabo. É o nu prostituto, erotismo de balcão.

Ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo, vários diretores e atores se pronunciaram com entendimentos divergentes sobre a questão.

A atriz Cláudia Abreu, que apareceu nua e fez uma cena de sexo com Rodrigo Santoro, no filme Os Desafinados, apóia a posição de Pedro Cardoso, dizendo ter passado por uma situação dessas recentemente.

Já Lucélia Santos, afirma que o ator que tem vergonha de ficar nu é por um problema pessoal. Se como atriz perco a espontaneidade nua, não funciona.

Saiba mais na Folha de São Paulo, edições de 10 e 13/10/08.

Amuleto

Diz o ditado que se ferradura desse sorte, burro não puxava carroça.

Apesar disso, o objeto continua no imaginário popular como um dos amuletos mais fortes contra o azar.

Essa tradição é bem antiga e remonta à Grécia.

Os gregos acreditavam que o ferro, material usado na sua confecção, tinha poderes de afastar o mal. O formato da ferradura representa uma lua crescente, símbolo de prosperidade e fertilidade.

Existe uma outra versão para o seu poder.

São Dustan de Canterbury (924-988 dC), monge inglês e grande estudioso da metalurgia, tendo desenvolvido inclusive técnicas de fabricação de sinos, teria colocado ferraduras nas patas do demônio. Somente as retirou com a promessa do capeta de nunca mais se aproximar do objeto.

Para dar sorte mesmo, a ferradura deve ser achada ao acaso, nunca comprada. E deve ser pregada no alto das portas, pelo lado de dentro. Em lojas, deve ser colocada em cima do balcão, pois chamaria dinheiro e evitaria vendas a crédito, o famoso fiado.

Bem pagos

A revista Forbes publicou a lista dos escritores mais bem pagos em 2007. Todos são anglófonos.

No topo da lista está J. K. Rowling, criadora da série Harry Potter. Ela recebeu US$ 300 milhões. Já vendeu, desde que lançou o primeiro volume da série, 300 milhões de livros.

O segundo colocado é o americano James Patterson, que embolsou US$ 50 milhões. Diferentemente de Rowling, que ficou milionária ao publicar sete títulos, Patterson lança dois livros por ano.

Em terceiro lugar vem Stephen King, o rei do terror, que faturou US$ 45 milhões.

Saiba mais em O Globo, edição de o4/10/08.