sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Obama II

A aprovação dos americanos ao Presidente Obama caiu para atingir o nível mais baixo desde sua posse. 57% aprovam sua administração, 12 pontos a menos que há quatro meses, enquanto 40% desaprovam seu trabalho, o índice mais elevado desde o início do governo.

Curioso é que a queda se deve, ao menos em boa parte, à sua iniciativa para reformar o sistema de saúde americano com o objetivo de proteger 46 milhões de pessoas sem nenhuma cobertura. A proposta submetida ao Congresso desagrada progressistas e republicanos conservadores.

Para os primeiros ela é considerada insuficiente, frustrante, e para outros, socialista e dispendiosa. As dúvidas maiores parecem estar relacionadas ao seguro governamental compulsório e à capacidade de cooperativas, a serem organizadas, proverem o atendimento de modo eficiente.

A reforma tem como objetivos:

1-Universalizar um atendimento de qualidade, organizar o sistema, reduzir custos e garantir aos pacientes o direito de escolha.

2-A concorrência do sistema público levaria à queda dos preços de seguros privados.


A reforma pode custar de U$ 650 milhões, até quase U$ 2 bilhões, em dez anos.

Os que se opõem ao projeto atacam a interferência no mercado de seguros em assunto que consideram de natureza pessoal do candidato. Além do mais dizem que o seviço usará dinheiro público para aborto e eutanásia.

Terroristas da comunicação chegam a dizer que a reforma vai "desligar a tomada da avozinha"...

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edições de 22 e 23/08/09

Caçador

Humberto Werneck, escritor premiado por sua obra O Santo Sujo (Cosac Naify), uma excelente biografia de Jaime Ovalle, diz-se um obcecado pela funcionalidade da linguagem e revela que Scherezade, a das Mil e Uma Noites, é a sua padroeira, cuja inventividade garantiu-lhe a sobrevivência.

Preocupado com uma certa padronização da linguagem que avança entre a nova geração da internet acaba de lançar um novo livro, O Pai dos Burros, uma coletânea de lugares comuns a que muitos recorrem pela força do hábito.

H.L. Mencken, mordaz jornalista americano, afirmou que "os clichês têm origem no medo do desconhecido". Na falta do mot juste pega-se na prateleira a expressão surrada que estiver à mão.

Vejamos alguns exemplos selecionados pelo autor:

Selva de Pedra

Abraçar uma causa

Torrão natal

Vida pregressa

Zona do agrião

Os ossos do ofício

Herança maldita

Golpe de mestre

Notícia bombástica

Estofo moral

Sinta-se a vontade para acrescentar mais algumas à lista.

PS: A relação do autor tem 4.500 expressões espalhadas por 2 mil verbetes. Conheça-as, para se defender delas.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 25/08/09

Falta

* Michael Jackson foi enterrado

* Sarney não sai

* Belchior foi encontrado

* O Ceará entra na 1ª

* O pré-sal salga nossa paciência

O que falta?

Poesia

Aparência

Nada é nítido
nem a transparência
do vento
resiste
à menor incandescência

Beatriz Alcântara
Em "Poemas de Mesa" - Coletânea de poemas oferecidos pelo restaurante do Ideal Clube

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Poesia

És um mundo em verdade, Oh Roma; mas sem o Amor
O mundo não era mundo, e Roma não era Roma.
Goethe, no poema Elegias Romanas.

Reforma

O relator da reforma eleitoral que tramita no Senado Federal alterou o texto aprovado na Câmara dos Deputados para incluir dispositivo restritivo à propaganda pela internet, ao equipará-la, para o efeito, ao rádio e à televisão.

A internet é livre, a intenção de controlá-la, além de inútil, atenta contra a liberdade de expressão.

Declarou-a livre acórdão de decisão do Superior Tribunal Federal (STF), que revoga a lei de imprensa.

O bom senso manda que o enxerto silenciador seja suprimido.

Ronda

Li no blog do Eliomar de Lima que o governador do Ceará irá ao município de São Gonçalo do Amarante, na próxima sexta-feira, 4 de setembro, para lançar o programa Ronda de Quarteirão.

Agradeço o interesse que demonstra em reforçar a segurança da área.

Estou certo de que será bem recebido pelo povo e autoridades locais.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sobre o pré-sal

Leituras

Para os que gostam de acompanhar minhas preferências literárias:

Atualmente leio os seguintes livros, intercalados segundo o momento.

1- História do Positivismo no Brasil. Ivan Monteiro de Barros Lins. Edições do Senado Federal.

2- A Biblioteca Esquecida de Hitler. Os livros que moldaram a vida do Führer. Timothy W. Ryback. Companhia das Letras.

3- História Universal da Destruição dos Livros. Das tabas sumérias à guerra doIraque. Fernando Báez. Ediouro.

Publicidade

O Governo do Estado do Ceará voltou a atacar.

Calma, trata-se de uma nova onda publicitária em revistas nacionais.

Huumm... Por que será?

Arrependimento

Adler Girão, ex-prefeito do município cearense de Morada Nova, por dois mandatos, ao se filiar ao Partido da República (PR), sexta-feira última (28), fez um pronunciamento contundente, com forte teor emocional, no qual declarou-se arrependido por ter votado nas últimas eleições no atual governador do Estado.

Aproveitou a ocasião para um pedido público de desculpas por ter adotado à época aquela opção eleitoral. Se disse decepcionado com a atual administração, qualificando o governador de maquiador, por apropriar-se de ações de seus antecessores, trocando apenas os nomes dos programas.
Ao condenar de modo veemente a atuação do Governo, Adler deu voz a milhões de cearenses desiludidos, que se consideram enganados.

Muitos desses tenho encontrado todos os dias nas ruas, praças e estradas do meu Ceará.


* As fotos são de Sheila Oliveira.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mortos

Esse Governo cearense vem se caracterizando por grande desrespeito aos mortos.

Basta lembrar o escândalo dos cadáveres sepultados em vala comum, de forma clandestina, no cemitério do Bom Jardim, conduzidos em carros do Instituto Médico Legal (IML) descaracterizados.

Tudo, segundo os responsáveis, porque o Estado nega verbas para a compra de caixões.

Poucos dias depois, com a sociedade ainda estarrecida diante das revelações feitas, éramos supreendidos pela notícia de que caminhões carregando entulhos da obra em curso, na sede do IML, despejavam ossos e caveiras ao longo do trajeto.

Soube-se depois que meninos no subúrbio divertiam-se em peladas com caveira no lugar da bola de futebol.

Congestionamento e carências do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e do Hospital César Cals têm causado problemas quanto à guarda e destino de corpos, sem que providências sejam adotadas para sanar a situação, do conhecimento da Secretaria de Saúde, desde dezembro de 2008.

Onde anda a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), orgão do Governo Federal, que fingiu não ver a tragédia dos sepultamentos clandestinos patrocinados pelo Estado do Ceará?

Durante minha administração, seus representates não faziam falta aqui, sendo sempre recebidos por mim e meus auxiliares com a devida atenção.

Por que será que mudou tanto?

Só as sucessivas rebeliões em presídios já justificariam seu interesse pelo Ceará.

Latifúndio

Latifúndio político é tão danoso quanto o latifúndio de terras.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Falando de política em Juazeiro do Norte

Entrevista concedida por mim ao radialista Beto Fernandes, em Juazeiro do Norte, na sexta-feira (28).

“...Eu denuncio todos os dias, está se formando aqui um cartel político, você já ouviu falar em cartel econômico ‘né’? Quando se juntam para impor o preço, essas coisas. No caso aqui é um cartel político que está se formando estou denunciando isso...”

“...agora se houver esse grito, houver esse chamado, partidos políticos, lideranças políticas isso eu não vou me negar a essa luta que eu acho isso uma vergonha o que quer se fazer aqui no Ceará um cartel político, impor um nome por melhor que ele seja porque, faz o quê? Elimina o povo do jogo...”

Lúcio Alcântara

Quando do encontro regional do PR (Partido da República) em Juazeiro do Norte que culminou na assinatura da ficha de filiação de lideranças de Juazeiro do Norte e do Cariri ao seu partido, entrevistamos o ex-governador do Ceará, Lúcio Gonçalo de Alcântara. Publico aqui na Revista, no Blog do Juazeiro, Blog do Crato e Rede de Blogs do Cariri.

Crítico, Lúcio Alcântara detona o que denominou de “cartel político” a articulação para apresentação de apenas uma candidatura (a de Cid Gomes) com vistas a reeleição. Admitiu pré-candidatura a deputado federal, mas que se for chamado pela população topa mais uma embate pela governadoria, inclusive de sentar-se com o Senador Tasso Jereissati com quem está com relações cortadas desde as eleições de 2006 (dinamismo da política). Segundo ele, Tasso “não pode está assistindo isso de braços cruzados só pensando na candidatura dele ao senado”.


BETO FERNANDES: Fale-nos da importância de mais uma vez estar em Juazeiro, na Região do Cariri e para desta vez um encontro político do seu partido que está fortalecendo ações e ganhando novas adesões também no interior. O PR tende a crescer ainda mais a partir desse movimento de hoje?

LÚCIO ALCANTARA: Olha, nós estamos trabalhando para isso. Quem olhar minha vida pública, o percurso da minha vida pública vai ver que eu sempre dediquei uma boa parte do meu tempo a formação política, a organização dos partidos. Esse é o terceiro partido que eu presido no Ceará. Fui presidente do antigo PFL, fui presidente do PDT e agora estou presidindo o PR. Então nós temos que erguer essa estrutura partidária e procurar, vamos dizer assim, atrair jovens, pessoas que querem realmente um papel na vida pública, porque a democracia não sobrevive se não houver partidos políticos organizados e gente boa interessada em participar da política, por isso eu faço isso com muito gosto, com interesse, com muita boa vontade e pra mim está no Cariri é uma alegria, uma felicidade. Só não é mais porque o tempo é curto, mas, eu vou voltar aqui em setembro e ficar mais dois, três dias aqui na região e vou ter uma oportunidade de fazer lançamento de livros que nós reeditamos na Ação Democrata, um livro de Irineu Pinheiro, Sou do Cariri. Enfim, fazer uma programação aqui. Eu realmente quero muito bem a essa região e vão dizer que é político e em todo lugar que ele está ele diz isso. Não é bem assim, Por quê? Eu tinha um compromisso que eu assumi com o Cariri quando candidato que graças a Deus eu cumpri. Você sabe como eu, que havia muita gente aqui no Cariri,que tinha uma espécie de ressentimento, certa amargura de achar que o governador governava de costas para o Cariri, que não tinha interesse na região, que o estado não investia aqui e eu procurei sanar isso não só com obras, com investimentos, mas com a valorização política, com a valorização cultural do Cariri com a minha presença. Eu acho que isso tem até obrigado ao meu sucessor a andar mais, mas quem abriu o caminho fui eu, realmente se você for comparar com meus antecessores eu fui um governador que estive muito presente não era pra vim inaugurar, cortar fita e ir embora não eu andava aqui, participava com as pessoas do Cariri, enfim isso é uma demonstração objetiva do meu carinho pelo Cariri, pelo seu povo.

BF – Muito tem se especulado na formação de uma grande frente que possibilite uma candidatura única no Ceará. Em havendo um grito contra isso e sendo chamado pela população o Senhor estaria disposto mais uma vez a enfrentar uma luta com vistas ao Governo do Estado?

LA - Você colocou a pergunta muito bem. Se houver esse risco que eu denuncio todos os dias, está se formando aqui um cartel político, você já ouviu falar em cartel econômico ‘né’? Quando se juntam para impor o preço, essas coisas. No caso aqui é um cartel político que está se formando estou denunciando isso, estou conversando com outros partidos não tenho nenhum projeto pessoal como você sabe já estive aqui antes e disse meu objetivo político para próxima eleição é um mandato de deputado federal, colocar o meu nome diante do povo cearense, agora se houver esse grito, houver esse chamado, partidos políticos, lideranças políticas isso eu não vou me negar a essa luta que eu acho isso uma vergonha o que quer se fazer aqui no ceara um cartel político, impor um nome por melhor que ele seja porque, faz o quê? Elimina o povo do jogo. A população não vai ter oportunidade de fazer sua opção e democracia é isso, é escolha é alternativa. Então estou muito empenhado o Roberto Pessoa (prefeito de Maracanaú) também e temos conversado principalmente com o PPS, com outros partidos o próprio PSDB, que ainda está muito hesitante no sentido de criar um pólo político alternativo que está ai...

BF – Mas o Senhor não considera o comportamento do PSDB dúbio? E até pelo que se comenta com comportamento do partido para com o seu projeto de reeleição?

LA - Veja bem... Você tem mais uma vez razão na sua pergunta! Eu falei em vacilante você ta falando em dúbio, é verdade, mas nós temos que ter um pouco de compreensão. Às vezes é um momento político desses, outra coisa o governo ai é autoritário e perseguidor, é imperial então tem muita gente que fica com medo, muita gente fica meio retraído ‘né’? Com medo de retaliações, perseguições então nós precisamos ter um pouco de paciência. Eu acho que o senador Tasso Jereissati, todos sabem do que aconteceu nas eleições de 2006, portanto nossas relações continuam como ocorreram naquela época estamos afastados, mas ele tem uma responsabilidade muito grande porque é um líder de um partido político importante e não pode está assistindo isso de braços cruzados só pensando na candidatura dele ao senado, nós estamos dispostos inclusive a passar por cima de muita coisa pra construir um projeto político alternativo para o Ceará. Eu não me recuso a discutir, a conversar com ele assim como Roberto Pessoa em busca de um projeto alternativo para o Estado.

BF – O senhor é um homem público passado na casca do alho politicamente falando. Como avalia alguns comportamentos estranhos de alguns correligionários seus até pouco tempo como o Prefeito Paulo Ney de Campos Sales a quem o senhor tem um respeito grande, somos sabedores? Ele votou no Senhor, no seu filho em várias eleições e recentemente ofereceu-se para votar e apoiar o atual Governador num projeto de reeleição. Isso deixa de alguma forma abalada a amizade existente entre os senhores ou já é uma página virada?

LA - Eu considero Paulo Ney um grande administrador. Um homem dedicado e como você disse votou no deputado Léo que é meu filho em duas ou três eleições. Eu também tenho a consciência tranquila que fiz muito por ele, por ele não só, pelo povo de Campos Sales, pela população. Tenho uma amizade particular com ele, com a família dele, com a D. Tereza, com o Christian que é o filho dele, eu atribuo isso pelo desejo de obter apoio político do governo para executar obras, mas, eu tenho certeza que se eu chegar a ser candidato ou outro apoiado pelo PSDB, por nós ele balança e na hora “H” ele fica conosco.

BF – Para fechar. O significado da adesão do Dr. Giovanni no Partido da República?

LA - É muito grande porque nós ouvimos dois discursos grandes hoje, um em Fortaleza e o outro aqui. Em Fortaleza do Adler Girão que foi prefeito com dois mandatos sucessivos de Morada Nova, que é um grande município da região de Jaguaribana, e aqui do Giovanni Sampaio muito interessante. Lá em Fortaleza o Adler Girão pediu desculpas em público a mim e ao povo do seu município por não ter votado em mim, ter acreditado naquela ficção que era o discurso do governador e hoje vamos dizer assim, decepcionado, desiludido fez esse depoimento público, fazendo questão de dizer que aquilo era o momento que ele queria levar o arrependimento. Pelo que eu tenho visto, você tem acompanhado a gente aqui no Cariri, esse arrependimento é de muita gente. Quem tá arrependido não é quem votou em mim é quem votou no atual governador, isso é que é interessante e aqui o discurso do Giovanni foi de lealdade. A gente sabe que ele é combativo, impetuoso é um homem destemido e ele falou aqui de lealdade que infelizmente está se perdendo de oportunismo, de circunstâncias, então eu fico vendo que nem tudo está perdido que nós temos ainda um material importante a ser trabalhado e por ultimo eu quero dizer uma coisa que falei rapidamente porque não cabia um discurso longo. O Cariri tem uma história de independência tem compromisso com a liberdade daqui saiu Bárbara de Alencar para a Confederação do Equador. Aqui houve o movimento de 1817 e aqui foi importante para derrubar a oligarquia do Acioli. Padre Cícero, Flóro Bartolomeu em apoio ao Franco Rabelo e agora quem sabe se do Cariri não parte um grito contra essa nova oligarquia essa espécie de partido único, desse cartel político que quer se fazer aqui que é contra o povo, não contra mim. Não tenho poder nenhum eu não tenho nem um mandato político, tenho a honradez que construí ao longo de minha vida que é o maior capital que eu tenho, mas o Cariri é uma peça importante hoje, uma manifestação brava, um grito do Cariri vai ecoar muito bem pra nós arregimentarmos força para a luta para do próximo ano.

Foto: Demontier TYenório e Cícero Valério do Site Miséria

Eu, pecador, me confesso

* artigo de Carlos Heitor Cony, publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 9 de julho de 2009

RIO DE JANEIRO - Antes, no melhor das festas, se alguém duvidasse, a imprensa já era tida como quarto poder, uma instituição que exercia um poder paralelo. Na verdade, não é um poder, mas uma força. Com as novas técnicas de comunicação e com a sacralidade das fontes, ela se transformou no escoadouro dos descontentamentos (lícitos ou não), dos ressentimentos (pessoais ou grupais), das pressões e compressões de uma sociedade heterogênea que inclui desde índios e menores inimputáveis até políticos e empresários que podem roubar.Esse caldo em ebulição seria a matéria que justificaria a existência e a expressão do Estado que, no caso brasileiro, antecedeu a Nação.

Abriu-se um vácuo e, nele, a força da comunicação encontrou o seu espaço. E o fez com exuberante boa vontade. Não é a vida nacional que pauta a imprensa. É a imprensa que pauta a vida nacional, através de seus órgãos mais excitáveis.Dá a régua e o compasso. A classe política empacou, ataca e se defende a esmo, desarticuladamente, de acordo com a direção e a intensidade dos petardos que recebe.

Mas quem acusa a imprensa? Quem se atreve a mostrar e demonstrar que o gigante também tem, como todos os gigantes, os seus pés de barro? Há desconforto em todas as classes, juízes, militares, empresários e policiais em relação aos jornalistas. Eles se transformaram em detetives, em esmiuçadores de contas de luz e telefone, de depósitos bancários, declarações de Imposto de Renda, despesas nos postos de gasolina e nas agências dos Correios.

Estenderam sobre a sociedade uma teia assombrosa que absorve denúncias vindas de fontes anônimas, lembrando os comitês de salvação pública da Revolução Francesa que alimentaram de sangue a guilhotina nos anos do terror.

O texto acima, de autoria de um profissional experiente, brilhante escritor, serve para que os jornalistas reflitam e evitem o risco da presunção e da crença na infalibilidade da imprensa.

Japão

O Partido Liberal Democrático (PLD), há 54 anos no poder no Japão, perdeu as eleições para o Partido Democrático do Japão (PDJ), dando início ao que poderá ser uma era de bipartidarismo real.

A longa permanência do PLD no poder, é verdade que com grande rotatividade de governantes, sugeria uma fórmula esdrúxula de democracia com partido único.

Aos olhos da população, o Partido no poder distanciou-se dos interesses das pessoas comuns e fez alianças sólidas com a burocracia e as grandes corporações.

Além disso, o Japão, com a crescente projeção da China, perdeu espaço no cenário internacional.

Para agravar mais a situação, o desemprego atingiu 5,7% em julho, o maior índice desde a 2ª Guerra Mundial.

Com que plataforma o PDJ venceu folgado as eleições? Vejamos:
1- Concessão direta de benefício às famílias
2- Adoção de medidas que aumentem a renda disponível da população
3- Elevação do valor das aposentadorias
4- Gratuidade do ensino secundário
5- Melhoria da saúde pública
6- Pagamento mensal de benefícios aos que tiverem filhos
7- Fim de pedágios nas estradas

Que tal?

Definição

Político: Um sujeito que tenta convencer os outros de que seus erros poderiam ser cometidos por todos, mas não seus acertos.

Daniel Piza

domingo, 30 de agosto de 2009

Itataia

São recorrentes notícias na imprensa falando sobre o início das operações de extração de fosfato e urânio da mina de Itataia, no município de Santa Quitéria.

Durante o meu Governo, atraímos para o Ceará as empresas Galvani e Tortuga, as quais pretendiam se habilitar à exploração da jazida rica em urânio associado ao fosfato.

Foram iniciadas as primeiras providências junto à Indústria Nuclear do Brasil (INB), que detém o monopólio da exploração de urânio, enquanto se aguardava alteração na legislação que viabilizasse o empreendimento.

À época, uma grande empresa multinacional comercializadora de fertilizantes tentava entrar no páreo para garantir sua reserva de mercado, sendo recusada por nós.

Posteriormente, a Tortuga optou por instalar uma unidade fabril em São Gonçalo do Amarante, para produzir adubos a partir de fosfato importado, a qual já se encontra em funcionamento.

A licença prévia para exploração do fosfato foi concedida durante meu Governo. No que toca ao urânio, ao qual se encontra associado, só o Ibama poderá autorizar.

O deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), ao se referir ao assunto, em recente matéria no jornal Diário do Nordeste, exaltava o atual Governo e o ex-governador Virgílio Távora.

Esqueceu outras pessoas que trabalharam para iniciar a exploração daquela riqueza. Entre outros, César Cals, que foi governador e ministro de Minas e Energia.

Saiba mais no jornal Diário do Nordeste, edições de 22 e 23/07/09.

Terceirizados

O candidato-governador disse que iria acabar com a terceirização. Ao contrário, aumentou muito.

Categorias profissionais antes só terceirizadas via suas cooperativas, agora são contratadas por firmas de fornecimento de mão-de-obra.

Áreas com a da segurança pública, foram invadidas por uma terceirização maciça. Até escrivães de polícia são empregados de firmas.

A Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) já se manifestou contra a irregularidade.

Saiba mais no jornal O Estado, edição de 31/07/09.