quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vargas Llosa X Garcia Marquez

O peruano Vargas Llosa e o colombiano Garcia Marquez e mais o mexicano Carlos Fuentes, o argentino Cortazar e o chileno Jorge Edwards estiveram na origem do boom da literatura fantástica na América Latina que veio a ter grande repercussão mundial.

Llosa e Garcia Marquez inicialmente amigos acabaram por se desentender e tornaram-se desafetos. Antes disso o peruano chegou a escrever um livro elogioso à obra do colombiano.

Houve entre os dois, no lobby de um cinema na cidade do México, um confronto físico provocado por Llosa ao que consta em represália a Marquez por haver assediado sua mulher. Não há notícia de reconciliação entre eles.

Do ponto de vista político trilharam caminhos distintos: Garcia Marquez, à esquerda, guardou fidelidade à Fidel Castro e ao regime cubano Vargas Llosa tornou-se uma voz considerada entre os liberais o que acabou por leva-lo a uma experiência eleitoral ao disputar, sem êxito, a presidência do Peru

Ambos foram distinguidos com o prêmio Nobel de Literatura, primeiro Garcia Marquez e anos mais tarde o autor de Batismo de Fogo.

Por ocasião da recente morte de Garcia Marquez Vargas Llosa teceu elogios à obra do ficcionista que tornou universais Macondo e seus personagens fantásticos.

A imprensa registrou que ao participar da Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) assim se pronunciou :
"Cem Anos de Solidão" ficará como um dos grandes textos da história da literatura. Não sei dizer o que acontecerá com os meus.

Saiba mais no caderno Ilustrissíma da Folha de São Paulo, edição de 11/05/14



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Copa II

Se querem produzir uma Copa com sangue, esta é a oportunidade que eles têm.

Guilherme Boulos, coordenador do MTST, sobre a situação da invasão "Copa do Povo," na região do Itaquerão.

Na Folha de São Paulo, edição de 25/05/14

Universidades paulistas

As universidades estaduais paulistas estão em crise. A maior delas a USP, melhor universidade brasileira, colocada entre as cem melhores no ranking mundial vive um desequilibrio financeiro e desajustes institucionais segundo atesta em carta seu atual reitor o médico Marco Antonio Zago.

Segundo ele a USP consome 106% de seu orçamento geral com o pagamento de pessoal o que levou a uma queda de sua reserva de R$ 3,6 bilhões em 2013 para R$ 2,3 bilhões em 2014. A penúria uspiana, até em relação às suas congêneres UNICAMP e UNESP, é altamente preocupante.

No fim dos anos 80 o governador Orestes Quercia atendeu ao pleito dos reitores das três universidades e destinou o repasse de um percentual do ICMS, o maior imposto estadual, diretamente às instituições universitárias. Mediante decreto o percentual foi fixado em 8,5%. Com passar do tempo subiu para 9,75%.

É de se reconhecer que a providência colaborou em muito para a autonomia das universidades. Acabou a necessidade de pleitear a cada ano verbas para aquelas instituições obrigadas a disputar recursos com outras unidades governamentais.

Como os recursos são finitos e as pressões por gastos, inclusive salariais, passaram a se dar no âmbito interno junto aos gestores universitários fica claro que são esses administradores os responsáveis pela debilidade financeira agora apontada.

Há diante dos responsáveis pela administração dos institutos superiores estaduais o desafio de compatibilizar receita e despesa promovendo mudanças estruturais, incluida aí a política de remuneração de pessoal, sem comprometer o nível de qualidade e reconhecimento a que chegaram.  

Saiba mais no jornal Folha de São Paulo, edição de 25/05/14

Cuba

Do artigo de Demétrio Magnoli, O nome de um jornal, na Folha de São Paulo, edição de 24/05/14 versando sobre a ausência de liberdadde de expressão em Cuba :

Cuba é um teste político e moral para os intelectuais de esquerda. No Brasil, até agora e com honrosas exceções, eles foram reprovados.

Copa

De Contardo Calligaris no artigo "O Brasil existe ? no jornal Folha de São Paulo, edição de 22/05/14 :

O problema da Copa não são as obras atrasadas, nem o que foi eventualmente roubado na sua construção.

O fracasso da preparação da Copa não são os estádios, os hotéis e os metrôs inacabados : o fracasso é a sensação de que falta um país pelo qual torcer.

É disso que se queixam as massas quando dizem que não querem a Copa.