segunda-feira, 26 de maio de 2014

Universidades paulistas

As universidades estaduais paulistas estão em crise. A maior delas a USP, melhor universidade brasileira, colocada entre as cem melhores no ranking mundial vive um desequilibrio financeiro e desajustes institucionais segundo atesta em carta seu atual reitor o médico Marco Antonio Zago.

Segundo ele a USP consome 106% de seu orçamento geral com o pagamento de pessoal o que levou a uma queda de sua reserva de R$ 3,6 bilhões em 2013 para R$ 2,3 bilhões em 2014. A penúria uspiana, até em relação às suas congêneres UNICAMP e UNESP, é altamente preocupante.

No fim dos anos 80 o governador Orestes Quercia atendeu ao pleito dos reitores das três universidades e destinou o repasse de um percentual do ICMS, o maior imposto estadual, diretamente às instituições universitárias. Mediante decreto o percentual foi fixado em 8,5%. Com passar do tempo subiu para 9,75%.

É de se reconhecer que a providência colaborou em muito para a autonomia das universidades. Acabou a necessidade de pleitear a cada ano verbas para aquelas instituições obrigadas a disputar recursos com outras unidades governamentais.

Como os recursos são finitos e as pressões por gastos, inclusive salariais, passaram a se dar no âmbito interno junto aos gestores universitários fica claro que são esses administradores os responsáveis pela debilidade financeira agora apontada.

Há diante dos responsáveis pela administração dos institutos superiores estaduais o desafio de compatibilizar receita e despesa promovendo mudanças estruturais, incluida aí a política de remuneração de pessoal, sem comprometer o nível de qualidade e reconhecimento a que chegaram.  

Saiba mais no jornal Folha de São Paulo, edição de 25/05/14

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