terça-feira, 17 de março de 2015

Exportações

As exportações brasileiras encolheram em quantidade e qualidade. Estudo realizado pela Fiesp mostra que entre os anos de 2006 a 2014 setores intensivos em recursos naturais, que empregam baixa tecnologia, responderam por quase 70% do avanço nas exportações da indústria.

Nesses oito anos as importações da indústria de transformações aumentaram em US$ 31,00 bilhões de dólares. Desse acréscimo US$ 21,6 bilhões, ou 69,7% vieram de setores com pouco emprego de tecnologia, tais como abate e fabricação de produtos de carne, produção e refino de açúcar, produção refino de óleos vegetais, por exemplo.

Na contra mão, as importações da indústria no período aumentaram US$ 133,00 bilhões quase quatro vezes o acréscimo das exportações. A categoria com maior variação positiva foi a de produtos intensivos de tecnologia de alto valor.

Os números revelam o empobrecimento qualitativo de nossa pauta de exportações cada vez mais tomada pelas comodities. Fatores como, cambio, excesso de burocracia, juros altos e carga tributária elevada,  ajudam a explicar essa tendência das nossas exportações. Preços elevados das comodities atrairam investimentos e atenção do governo para o setor em detrimento de áreas de maior valor agregado.

Será que estamos condenados a sermos o Brasil agrário, celeiro do mundo, numa inaceitável proposta de repartição do sistema produtivo mundial, como queria no século XIX e princípio do século XX  uma certa elite nacional ? 

Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 9/3/15

Dívidas

Com o caixa em baixa o governo deixa de cumprir obrigações financeiras com organismos internacionais. Só com a OEA (Organização dos Estados Americanos) o montante chega a US$ 8,1 milhões.

Na verdade o Brasil mantem uma relação tensa com aquela instituição multilateral. Desde que a  Corte Interamericana de Direitos Humanos ligada à entidade solicitou que o Brasil suspendesse o licenciamento da usina de Belo Monte em razão do impacto sobre a comunidade local a presidente Dilma chamou de volta o embaixador Ruy Casaes representante brasileiro na OEA. Há quatro anos não temos embaixador junto à OEA embora.

Na verdade Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela, têm restrições à OEA que consideram excessivamente alinhada aos Estados Unidos.

Saiba mais na Folha de São Paulo, edição de 10/03/15