quinta-feira, 11 de junho de 2009

Festas Juninas

O conceituado jornalista Egídio Serpa, em sua apreciada coluna no jornal Diário do Nordeste, edição de 18/05/09, afirma, a propósito de eventos apoiados pelo Governo do Estado do Ceará, no chamado período junino, existir, na Secretaria de Cultura, vida inteligente.

Faltou acrescentar, pelo menos no que tange às festas juninas, que se instalara lá, antes do atual Governo.

Durante minha administração, foi implantado um criterioso sistema de fomento a essas manifestações, mediante o lançamento de editais, que evitavam favorecimentos na distribuição de verbas.

Política Externa

Sou favorável à política externa do presidente Lula, desenvolvida pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Considero-a pluralista, menos atrelada aos Estados Unidos (EUA), mais aberta aos vizinhos e aos países em desenvolvimento, com os quais mantinhamos relações formais e inexpressivas.

Por outro lado, não descuramos de nossas ligações tradicionais com o mundo desenvolvido, o que nos torna interlocutor frequente do G8.

Creio que a estratégia está nos conduzindo a um crescente protagonismo internacional.

Temos, é certo, colhido alguns insucessos nas investidas feitas para alojarmos brasileiros à frente de organismos internacionais.

O caso mais recente foi o da ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrada em sua pretensão de ocupar uma vaga como juíza internacional na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Outras derrotas foram:
1- A do embaixador Seixas Correia para a Organização Mundial do Comércio (OMC);
2- A de Roberto Blois para a União Internacional de Telecomunicações e
3- A do embaixador Graça Aranha para a Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Houve, ainda, uma tentativa para colocar João Sayad no Banco Interamericano de Desenvolvimento, que acabou nas mãos de um colombiano.

É de se reconhecer que não temos sido felizes nessas iniciativas.

Não sei se devido a deficiência nas articulações ou por reação às posições brasileiras no cenário internacional.

Boa Notícia

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Ceará, segundo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (IPECE), que vem a ser o mesmo Instituto de Planejamento do Ceará (IPLANCE), criado por mim quando ocupei o cargo de Governador; e que teve seu nome trocado pelo atual, cresceu no primeiro trimestre deste ano sobre igual período do ano anterior, 3,75%.

Enquanto isso, o do Brasil caía 1,5%, em idêntico período.

Quando o Ceará cresce mais que o Brasil, surge a esperança de que venhamos a diminuir o fosso que nos separa das regiões mais desenvolvidas do País.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ENEM

O Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) será obrigatório a partir do próximo ano. Todos os alunos que concluírem o ensino médio na escola pública terão que se submeter ao Exame para receber o certificado.

A medida avalia, de modo universal, as escolas de ensino médio no País, cabendo a cada estado estabelecer as exigências para expedição do certificado de conclusão do curso.

Isto é, se bastará para a tal a realização da prova, se será exigida nota mínima de aprovação ou ainda se haverá uma apreciação combinada entre o resultado do Exame e o desempenho escolar no correr do ano.

A universalização do Exame vai exigir um grande esforço logístico para facilitar o acesso aos locais onde serão realizadas as provas, bem assim garantir o sigilo do seu conteúdo e lisura na sua aplicação. Isso porque estará em jogo, também, uma vaga na universidade.

Atualmente, sem obrigatoriedade, cerca de 70% dos concludentes já prestam o Exame. Em 2008, inscreveram-se mais de 4,0 milhões.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 15/05/09.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Sinais da Crise II

1- PIB da Grã-Bretanha encolhe 1,9%
É a maior retração econômica do país desde 1970; gasto do consumidor teve queda forte, a maior desde 1980
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 23/05/09.

2- A economia americana não está mais em queda livre. Há sinais de esperança, mas ainda não estamos salvos.
Peter Orszag, Diretor de Orçamento da Casa Branca
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 19/05/09.

Sinais da Crise

1- Mantega admite que país pode não crescer este ano
Ministro diz que economia vai se recuperar ao longo do ano e crescimento pode ficar entre 0% e 2% em 2009.
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 15/05/09.

2- País cresce um pouco menos de 1%
Presidente do BNDES afirma que em 2010 expansão deve ficar entre 3,5 e 4,0%; mercado prevê taxa só até 3,5%
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 26/05/09.

3- Indústria automobilística
Produção de caminhões despenca
Com ociosidade de 35%, queda nas vendas e nas exportações, montadoras esperam fabricar 40% menos este ano
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 25/05/09.

4- Governo revê PIB para 0,7% este ano
Previsão está num relatório que será enviado ao Congresso na terça-feira; estimativa atual é de 2%
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 19/05/09.

5- FGV afirma
Brasil entrou em recessão em 2008
"Não há dúvida" sobre o declínio da economia por um período superior a seis meses, segundo economista da FGV
Dados da produção industrial apontam contração do PIB no 1º e 2º trimestre de 2009
Jornal Diário do Nordeste, edição de 28/05/09.

6- Reação do emprego em abril foi tímida, dizem os economistas
Em termos dessazonalizados, 106 mil vagas representam queda de sessenta mil
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 19/05/09.

7- Estudo do IPEA
Crise afetou emprego no interior do Ceará
O IPEA analisou a situação do emprego formal no estado antes e depois do recrudescimento da crise financeira
Jornal Diário do Nordeste, edição de 12/05/09.

8- Finanças
Crédito a empresas encolhe em R$ 1,8 bi
Movimentação dos bancos indica que situação continuará difícil
Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 28/05/09.

domingo, 7 de junho de 2009

A frase do dia

Caro leitor, caso queira buscar uma religião, evite aquelas que têm menos de mil anos.

Luiz Felipe Pondé

No artigo Uivando para a lua, publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 01/06/09.

Indústria

A produção industrial do Ceará cresceu 1,7% em abril ante março, maior que a média nacional, que foi de 1,1%. Frente a abril de 2008, a queda foi de 2,8%.

No ano, esta é a terceira taxa positiva consecutiva.

Tráfego

O vereador Salmito Filho (PT-CE), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vem de apresentar proposta relacionada ao trânsito urbano, merecedora de atenção.

O projeto de lei complementar nº 006/09, restringe a circulação de veículos pesados na área urbana no período de 6h às 21h, durante a semana e aos sábados, no intervalo entre 10h e 14h.

Está aí uma contribuição importante para alimentar o debate em torno de ideias para minorar o caos em que se transformou o trânsito em nossa cidade.

Leis semelhantes já vigoram em cidades brasileiras como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Saiba mais no Diário do Nordeste, edição de 05/06/09.

Inundações


Notícia publicada no jornal Diário do Nordeste, edição de 05/06/09, dá conta de que o Museu Madi, no município cearense de Sobral, deverá ganhar nova sede, uma vez que a atual, embora moderna e recente, foi inundada pelo rio, colocando em risco as obras que compoem sua coleção.

Imagens da cheia, mostradas ao mundo pela televisão, chamaram a atenção na França de artistas doadores de obras para o Museu, único dedicado ao movimento Madi no Brasil. As obras de arte foram recolhidas enquanto se constrói um novo espaço para abrigá-las.

O edifício já havia sido alagado em 2004, quando ainda estava em construção, destino idêntico ao de outras edificações erguidas, e muito divulgadas, às margens do rio Acaraú, quando era prefeito do município o atual governador do Estado, e que tem se revelado inundáveis, com certa frequência.

Saiba mais no jornal Diário do Nordeste, edição de 05/06/09 e no Jornal Expresso do Norte - Edição 342 (Foto: Hudson Costa)

Ciência

Há um fato auspicioso em relação à ciência brasileira. O número de artigos publicados em revistas científicas indexadas, portanto acreditadas, cresceu 56% em 2008, se comparado com 2007.

O Brasil passou do 15º para o 13º lugar, no ranking mundial, de artigos publicados. Superou a Rússia e a Holanda, países com maior tradição científica.

A notícia, como não poderia deixar de ser, teve repercussão positiva em nossa comunidade científica, integrada por cerca de 200.000 doutores e mestres.

É certo que a base de revistas brasileiras indexadas aumentou de 63, em 2007, para 103, em 2008. A quantidade de periódicos indexados também cresceu em outros países, sobretudo nos de menor tradição científica.

Em todo mundo, a base passou de 9000 para mais de 10.000. E o número de artigos indexados mundialmente saltou de 960.000, em 2007, para 1,4 milhão em 2008.

O aumento de nossa produção científica em relação ao resto do mundo, foi de 0,44% em 1981 para 2,12% hoje. É verdade que o impacto medido pelas publicações não ocorre nas mesmas proporções nas citações, o que se explica pela nossa pequena tradição científica.

Os dados revelados demonstram o avanço da ciência e da tecnologia, no país que se deve a estruturação de um sistema nacional apoiado em instituições estáveis, com financiamento assegurado e perspectiva de crescimento constante.

Saiba mais no jornal Folha de S. Paulo, edição de 25/05/09.

Vida e Morte

O Partido Socialista, atualmente no poder em Portugal, vai propor na Assembleia da República, projeto de lei que institui o chamado testamento vital. A proposta, se aprovada, irá permitir que qualquer português expresse, por escrito, os tratamentos que deseja, ou não, receber em caso de perda de sua autonomia por doença grave.

A julgar pelas manifestações públicas favoráveis de outros partidos, a matéria tem grande possibilidade de ser convertida em lei. O respeito à autonomia individual e o abuso no emprego de métodos terapeuticos invasivos, dispendiosos e inúteis tornam a ideia simpática.

João Pereira Coutinho, em artigo no jornal Folha de S. Paulo, edição de 26/05/09, ao comentar o assunto, indaga se será justo privar uma pessoa de água ou alimentação, como forma de deixá-la morrer, ainda que esteja incapacitada ou moribunda.

Por fim, alerta para a diferença tênue que existe entre aceitar a morte de uma pessoa ou abandoná-la à morte. Para ele, essa diferença, quase imperceptível, não pode ser suplantada pelo argumento da decisão pessoal que precede à iminência da morte.

Argumenta com a atitude de qualquer um de nós, em impedir um suicida de concretizar seu impulso, ainda que respaldado por decisão pessoal de por termo à vida. É como se a vida de cada um não lhe pertencesse de todo, mas fosse, de algum modo, um bem partilhado com outros.

A sociedade anda a procura de uma forma justa de lidar com o dilema moral, ético, afetivo, da manutenção da vida, por meios artificiais, diante da irreversibilidade do quadro clínico.

A solução portuguesa está aquém da eutanásia. E certamente contribuirá para o debate sobre a melindrosa questão dos limites entre a vida e a morte.