sábado, 10 de março de 2012

Livros II

Acabo de ler A Leitura Real, de Alan Bennett, editora Asa.

Uma sátira a propósito de uma rainha da Inglaterra que foi atraída para a leitura por um pajem e um bibliotecário de um carro biblioteca que costumava estacionar nos jardins do palácio uma vez por semana.

Tornou-se uma leitora voraz, transformou o pajem em interlocutor sobre livros e passou a inquirir pessoas sobre obras e autores inclusive o primeiro-ministro em suas visitas semanais.

Tal comportamento trouxe preocupação aos seus assistentes que acabaram por afastar o pajem e confiarem a um provecto conselheiro real a tarefa de sugerir à Rainha uma redução no ritmo de leitura.

O conselho acaba por despertar nela a ideia de escrever um livro o que surpreende a Corte face ao ineditismo do fato em se tratando de reis e rainhas ingleses.

Mais tarde, em um banquete em sua homenagem,  sua majestade se depara com seu antigo pajem, agora um prestigiado acadêmico.

O livro é uma deliciosa sátira que exalta de forma sutil o poder da leitura com humor e sensibilidade.

Sem que o autor dê nomes fica claro que a rainha da ficção é Elisabeth II.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Praga


O celular, ou telemóvel, como o chamam em Portugal, virou uma praga urbana.

Nos mais diferentes espaços públicos, ruas, onibus, aeroportos, cinemas, igrejas, espetáculos, as pessoas sacam o aparelho e usam-no em diálogos, as vezes bastante longos.

Não creio que hajam tantas situações de urgência a requererem comunicação imediata onde quer que a pessoa esteja. Acho que utiliza-lo já virou um hábito, quase uma compulsão.

Viajando em autocarros apinhados, em Lisboa, no interior do veículo se escutava uma sinfonia de toques e conversas banais que poderiam ser adiadas sem nenhum prejuizo.

E olhe que a crise econômica em Portugal é grave e as chamadas não são nada baratas...

O pior é ver pessoas caminhando na rua falando sozinhas. Não, não se trata de nenhum maluco. Simplesmente estão ao celular, ainda que o aparelho não esteja visível.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Música

A arte da interpretação não é apenas tocar o que está escrito.

Pablo Casals

A minha música é melhor compreendida pelas crianças e pelos animais.

Igor Stravinsky

Livros

Leituras recentes:

1 - Livrolândia - A terra dos livros. Rui Carreto . Coisas de Ler
      Os livros falam entre si, numa biblioteca, num alfarrabista e numa feira de livros.

 2 - A Visita do Médico Real - Per Olov Enquist. Ahab
      História e ficção. Um médico iluminista na Corte da Dinamarca cuida de um rei doente mental,Christian VII, admirador e correspondente de Voltaire, torna-se amante da Rainha e com o apoio  dela edita leis que modernizam o país. Paga a ousadia com a cabeça que rola vítima das intrigas e rivalidades no seio da Corte.

  3 - André Citröen. Uma biografia - Jacques Wolgensinger - Contexto
       Vida e obra deste construtor de automóveis que inovou na mecânica, na comercialização e na publicidade dos carros. Chegou a ser chamado de O Ford francês.

continua...     

Jumentos

Acordo celebrado entre o Brasil e a China vai permitir o intercâmbio de asnos (jumentos e burros) entre os dois países.

O jumento vai passar a ser um item de exportação. Admite-se que poderão ser exportados 300 mil jumentos a partir do nordeste. Os animais se destinariam a consumo alimentar na China.

Os jegues perderam valor como instrumentos de força de trabalho na região e passaram serem abandonados por seus proprietários perambulando pelos campos e estradas sem que ninguém se interessasse por eles.

Recolhidos pela polícia rodoviária ficam retidos em cercados sem que sejam reclamados por alguém.

Saiba mais no Blog do Noblat

Violência

Primeira página do jornal O Estado, edição de 06/03/12 :

Fevereiro sangrento
Ceará está em guerra : 166 mortos a bala

A realidade da violência no Ceará : além dos altos números de homicídiosforam registradas 79 mortes em acidentes de trânsito, 19 por arma branca, seis por espancamento, sete por queimaduras, quatro por envenenamento e outras quatro por morte a pauladas. Muitos corpos e pouca estrutura tornam ainda o trabalhos dos peritos um verdadeiro execício de guerra.

Para quem prometeu acabar com a violência...

domingo, 4 de março de 2012

Arrependimentos

Uma enfermeira australiana de cuidados terminais fez uma lista de arrependimentos de seus pacientes.

É de uma surpreendente simplicidade:

- Quem me dera ter tido tempo para viver uma vida mais verdadeira e não a que os outros esperavam de mim.

- Quem me dera não tivesse trabalhado tanto.

- Quem me dera tivesse tido coragem para expressar os meus sentimentos.

- Quem me dera tivesse mantido contacto com os meus amigos.

- Quem me dera tivesse me permitido ser feliz.

Da Revista, publicação que circula junto com jornal Expresso, edição de 03/03/12