quinta-feira, 8 de março de 2012
Praga
O celular, ou telemóvel, como o chamam em Portugal, virou uma praga urbana.
Nos mais diferentes espaços públicos, ruas, onibus, aeroportos, cinemas, igrejas, espetáculos, as pessoas sacam o aparelho e usam-no em diálogos, as vezes bastante longos.
Não creio que hajam tantas situações de urgência a requererem comunicação imediata onde quer que a pessoa esteja. Acho que utiliza-lo já virou um hábito, quase uma compulsão.
Viajando em autocarros apinhados, em Lisboa, no interior do veículo se escutava uma sinfonia de toques e conversas banais que poderiam ser adiadas sem nenhum prejuizo.
E olhe que a crise econômica em Portugal é grave e as chamadas não são nada baratas...
O pior é ver pessoas caminhando na rua falando sozinhas. Não, não se trata de nenhum maluco. Simplesmente estão ao celular, ainda que o aparelho não esteja visível.
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