Em meio ao descontrole do setor de segurança o governo do estado aposta no reforço do Raio.
O Raio foi uma iniciativa do meu governo com grande aceitação pela população. O governador no primeiro mandato quase acaba com ele. Tudo em nome do Ronda, sua promessa de campanha.
No segundo mandato o novo secretário de segurança assumiu tendo como bandeira seu reforço e ampliação. Enquanto o Ronda perdeu credibilidade o Raio continua em alta com o povo.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Tempos de Lúcio e outros tempos I
As
tintas da propaganda oficial do Ceará trazem o traço da megalomania. Em
março deste ano, todo o estafe econômico foi regiamente reunido para
anunciar as primeiras estimativas do crescimento do Produto Interno
Bruto – PIB, de 2012. O resultado, de 3,64% é apresentado como “quatro
vezes superior ao do Brasil”, numa prova inconteste que o “modelo”
utilizado no Ceará, que potencializa investimentos e guia a nossa
economia para a modernidade.
Para inglês ver. A economia cearense vive um período de crescimento autônomo, alimentado pelo movimento de ascensão social e a dinâmica do comércio e serviços, setores distantes do arsenal das políticas públicas locais – que, a meu ver, regrediram ao longo dos últimos anos.
Em 2002 a tônica das políticas públicas era o crescimento includente. Desenvolvimento local, participação social, políticas de apoio ao empreendedorismo, suporte aos arranjos produtivos locais foram temas trazidos para o centro da ação do estado. Entendíamos que o modelo de atração de empresas precisava ser combinado com o apoio ao empreendedor local, pois os ganhos do crescimento estavam sendo parcialmente cancelados com o aumento da desigualdade.
Como
resultado, conseguimos crescer 4,33% de taxa média anual no período de
2003/2006, contra um crescimento anual do PIB nacional de 3,48%, isto é,
superamos o crescimento nacional em 0,85% ao ano, ou 3,4% nos quatro
anos.
Nos
quatro anos seguintes, de 2007 a 2010, o crescimento econômico do Ceará
foi de 4,88% ao ano, apenas 0,32% acima da taxa nacional, de 4,56% ao
ano. Em nenhum ano desse período, tão colorido na propaganda oficial,
repetiu-se o resultado de 2006, quando a economia cearense cresceu 4,06
pontos percentuais acima do PIB brasileiro.
Mania
de grandeza? Não deixa de chamar a atenção o que ocorreu em 2009, cujos
dados preliminares foram inflados, criando-se uma falácia da previsão.
Em março de 2010, com a pompa adequada, foi anunciado um crescimento da
economia cearense de 3,10% para o ano anterior – revisão posterior do
IBGE corrigiu o número para míseros 0,04%.
Eu
desejo ver um Ceará moderno, com menos desigualdade e com as pessoas
vivendo dignamente do fruto do seu trabalho. Infelizmente, a arrogância
não acolhe críticas, os espaços de discussão democrática vêm sendo
sistematicamente reduzidos e as chances de uma correção de rumo é cada
vez mais remota.
Lisboa
Estou em Lisboa, o tempo é bom, a temperatura agradável; o céu muito azul e limpo filtra uma luz branca característica da cidade.
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