sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Rabeira

Das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), para apuração do crescimento industrial, em 2007 o Ceará foi a que menos cresceu, apenas 0,3%. Como somos um dos estados mais pobres do País, precisamos crescer mais que a média nacional, para vencermos a diferença que nos separa dos mais desenvolvidos. Como se vê, estamos muito aquém do necessário. E da velocidade prometida nos palanques de campanha...

Segundo matéria reproduzida no blog do conceituado jornalista Eliomar de Lima, também na criação de empregos, estamos na cauda da fila...

Com relação ao turismo, dados de 2007 divulgados pela CVC, a maior operadora brasileira de viagens, revelam que a venda de pacotes turísticos caiu no Brasil, seguramente em razão do "apagão" aéreo. Mais uma vez, a taça é nossa. A maior queda foi a do Ceará, 14%.

Aviões

É verdade. O Governo do Estado do Ceará, nas últimas administrações, mantinha contratos com empresas especializadas para fretamento de aviões e helicópteros, inclusive jatos executivos. O que não ocorreu, tanto quanto saiba, é que algum governador tenha voado em um deles para o exterior. A prática foi inaugurada pelo atual.

Quanto a mim, quando no Governo, fui um usuário freqüente da classe econômica de nossa aviação comercial. E agora, como tem sido?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Polaroid

A Polaroid não resistiu à era das máquinas digitais. O grupo norte-americano, que inventou as máquinas fotográficas instantâneas, anunciou o fechamento de duas fábricas de filmes nos Estados Unidos. Até o fim do ano, serão fechadas as unidades localizadas no México e Holanda.

Há mais de um ano já não se produzem câmaras. O estoque de filmes deve terminar em 2009. A Polaroid pretende vender a tecnologia para que os amantes da fotografia com revelação imediata possam continuar a fotografar.

Termina, assim, uma história que começou em 1948.

Saiba mais no português Diário de Notícias, Lisboa, edição de 10/02/08

O véu da discórdia


Acossada por imigração que não cessa, em boa parte de pessoas indiferentes, ou até hostis, à civilização ocidental cristã, a Europa debate-se em discussões sobre a melhor forma de tratar a questão.

O choque de culturas propicia um clima onde avançam a discriminação e a xenofobia. A violência na periferia das grandes cidades se origina muitas vezes da inadaptação cultural e exclusão social desses imigrantes e seus descendentes.

O problema ganha maior relevância quando se detectam membros dessas etnias como responsáveis por atos terroristas. Num esforço para melhorar a situação, a União Européia estabeleceu este ano de 2008 como o da integração das culturas.

Em meio às discussões em torno do tema, o uso do véu entre as mulheres muçulmanas, passou a ser visto como manifestação inadmissível de religiosidade em instituições e estados laicos. Uma espécie de afirmação cultural e recusa à integração na sociedade que as acolhe. A escola, por exemplo.

A Holanda vem de proibir a burka, a França não quer o véu nas escolas. Enquanto isso, na Turquia, o Parlamento acaba de aprovar uma lei que revoga a proibição do uso do véu nas universidades. Cem mil pessoas se reuniram durante a votação para se manifestarem contra a proposta. Acreditam que ela atenta contra a laicização do Estado, alcançada durante o processo de modernização do País, no curso das reformas introduzidas por Kemal Ataturk. Com a mudança, certamente a Turquia terá mais dificuldade para ingressar na União Européia.

O Arcebispo de Canterbury acaba de emitir uma declaração na qual afirma que considera inevitável, no futuro, a adoção da lei islâmica na Inglaterra. Como era de esperar, foi fortemente contestado em toda a Europa.

O véu é apenas um símbolo do choque cultural, da intolerância racial e do fundamentalismo religioso.