sábado, 19 de maio de 2007

Deu no Diário do Nordeste

A roupa nova de Lúcio

Impelido à oposição, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) está se adequando ao novo papel. Em seu blog (www.lucioalc.blogspot.com ) já escreveu dois posts dos quais pinga veneno. O mais recente espeta o sucessor e o Sindicato dos servidores estaduais: ´O Governo do Estado anualmente, por ocasião do aumento do salário mínimo, elevava o piso salarial geralmente no mesmo percentual de reajuste do mínimo, ainda que o piso já estivesse em um valor superior ao anunciado. Este ano até agora nada aconteceu. Onde andará o ´Mova-se´ que não se move?...´

Em três vias. E com carimbo

O primeiro post crítico do blog de Lúcio Alcântara preserva a sutileza que caracteriza o fazer político do ex-governador: ´Preocupante é a situação da indústria no Ceará. No primeiro trimestre deste ano o crescimento industrial médio do Brasil foi de 3,8%. Apenas dois estados apresentaram desempenho negativo, o Amazonas (-2,5%) e o Ceará (-4,2%). Os dados são do IBGE´. Mas é interessante notar que Lúcio mirou em três alvos bem diferentes: o funcionalismo, a esquerda - representada pelo sindicalismo, que não largou do pé de sua gestão - e o empresariado.

Leia a Coluna Comunicado na íntegra

sexta-feira, 18 de maio de 2007

A França de Sarkozy e Fillon

Nicolas Sarkozy assumiu quarta-feira (16) a Presidência da França no lugar de Jacques Chirac, no poder havia 12 anos. No discurso de posse, o novo chefe de Estado prometeu defender a identidade e a independência da França e trabalhar por uma Europa que proteja seus próprios cidadãos.

Afirmou que irá "trazer de volta valores como o trabalho, o esforço, o mérito e o respeito". Disse, ainda, que nunca houve uma necessidade tão grande de se opor à intolerância e ao racismo.

Ontem (17), Sarkozy nomeou François Fillon para o cargo de primeiro-ministro, apostando na capacidade de negociação desse conservador moderado para superar a resistência sindical às reformas que o novo governo propõe. O novo premier, 53 anos, é senador e já ocupou os ministérios de Ações Sociais e da Educação.

Na eleição francesa, chamou a atenção a taxa de participação, estimada entre 85% e 86%. Segundo todos os institutos de pesquisa, foi uma das mais altas já registradas na França, comprovando o interesse do francês nesta disputa.

Tanto a candidata socialista Ségolène Royal como o conservador Nicolas Sarkozy propunham mudanças. É como se a França estivesse rompendo com o status quo e desejasse um novo rumo para os franceses.

A vitória do Nicolas mostra que a tendência conservadora na França, embora esse conservadorismo dele, que se assume como um homem de direita, propusesse mudanças importantes na economia e outras áreas da política francesa, está inspirada nestes movimentos que vimos nos últimos anos na França, de imigrantes, de desempregados nos subúrbios das cidades francesas, na banlieue de Paris, com grandes perturbações na ordem pública, mostrando que há na França uma estagnação política e até da economia que requer um novo posicionamento do governo e dos franceses de modo geral.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Em busca de esclarecimento

Integrantes da CPI do Senado, instalada hoje, se reuniram com o comando da CPI da Câmara para trocar informações sobre as investigações em andamento pelos deputados. E pelo que li na internet, surgiram as primeiras divergências. O presidente da CPI da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), e o relator da CPI no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), demonstraram ter visões distintas sobre os relatórios finais a serem elaborados pelas CPIs.

Castro disse que seria um "escândalo" se as duas comissões chegarem a resultados diferentes ao final das investigações. Para Demóstenes, resultados diferentes podem naturalmente ocorrer em duas investigações distintas, mesmo quando abordam o mesmo tema.

Além da função legisladora, o Parlamento tem uma ação fiscalizadora. E a CPI é um instrumento importante de fiscalização, principalmente se não for manipulada. Nem pelo governo nem pela oposição. Ela deve buscar realmente esclarecer o assunto.

A desmilitarização do controle do tráfego aéreo é uma questão latente há muitos anos. Quando fui constituinte, já havia o desejo de separar o controle do tráfego aéreo. Eu e, acredito, todos os meus colegas constituintes fomos visitados por lobbys que defendiam as duas posições. Uma para manter o controle como ainda hoje é - dos militares da Força Aérea – e outra que queriam a separação.

O que se verifica é que essa separação é muito onerosa. Também não podemos esquecer que civil tem direito de reivindicar, de buscar melhores salários, melhores condições de trabalho.

No entanto, os controladores militares chegaram a um nível tal de irresponsabilidade, pela forma como conduziram a greve, que colocaram o tráfego aéreo em risco e milhares de pessoas em situação de desconforto, com atrasos e cancelamentos de vôos.

Foi uma atitude insana desses controladores, e que mostra que este é um problema sério a ser resolvido, vinculado até à discussão sobre o direito de greve em certas atividades, que exigem realmente um serviço contínuo e que não podem ser interrompidas, pois são de extrema necessidade e de grande interesse público.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

E o piso?

O Governo do Estado anualmente, por ocasião do aumento do salário mínimo, elevava o piso salarial geralmente no mesmo percentual de reajuste do mínimo, ainda que o piso já estivesse em um valor superior ao anunciado. Este ano até agora nada aconteceu. Onde andará o "Mova-se"que não se move...

terça-feira, 15 de maio de 2007

A retirada de Tony Blair

O primeiro ministro inglês, Tony Blair, anunciou sua renúncia abrindo a temporada de escolha de seu sucessor que, ao que tudo indica, será seu ministro da Fazenda, Gordon Brown. Ele foi o trabalhista a permanecer o maior tempo no posto. Foi o líder da renovação do trabalhismo inglês, pondo fim a anos seguidos de derrotas eleitorais.

Promoveu a reformulação do programa do partido e lançou a terceira via - uma versão repaginada da social democracia à inglesa. Modernizou o país, que desejava transformar em "farol do mundo"', levou a Inglaterra a anos seguidos de crescimento econômico e reformou o sistema educacional. Também incentivou a autonomia regional, instituindo, entre outras mudanças, os parlamentos regionais da Escócia e País de Gales. Foi responsável pela paz na Irlanda, levando protestantes e católicos à coalizão política na Irlanda do Norte.

No plano internacional, mostrou-se um firme aliado dos americanos, envolvendo seu país na guerra do Iraque a partir de mal explicadas evidências da existência de material nuclear naquele país, o que suscitou um escândalo que atingiu a tradicional BBC e os meios políticos ingleses. A participação na guerra do Iraque e a aliança visceral com Bush jogaram sua popularidade no chão e obrigaram-no a bater em retirada.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Preocupante...

...é a situação da indústria no Ceará.

No primeiro trimestre deste ano o crescimento industrial médio do Brasil foi de 3,8%. Apenas dois estados apresentaram desempenho negativo, o Amazonas (-2,5%) e o Ceará (-4,2%). Os dados são do IBGE.