sexta-feira, 18 de maio de 2007

A França de Sarkozy e Fillon

Nicolas Sarkozy assumiu quarta-feira (16) a Presidência da França no lugar de Jacques Chirac, no poder havia 12 anos. No discurso de posse, o novo chefe de Estado prometeu defender a identidade e a independência da França e trabalhar por uma Europa que proteja seus próprios cidadãos.

Afirmou que irá "trazer de volta valores como o trabalho, o esforço, o mérito e o respeito". Disse, ainda, que nunca houve uma necessidade tão grande de se opor à intolerância e ao racismo.

Ontem (17), Sarkozy nomeou François Fillon para o cargo de primeiro-ministro, apostando na capacidade de negociação desse conservador moderado para superar a resistência sindical às reformas que o novo governo propõe. O novo premier, 53 anos, é senador e já ocupou os ministérios de Ações Sociais e da Educação.

Na eleição francesa, chamou a atenção a taxa de participação, estimada entre 85% e 86%. Segundo todos os institutos de pesquisa, foi uma das mais altas já registradas na França, comprovando o interesse do francês nesta disputa.

Tanto a candidata socialista Ségolène Royal como o conservador Nicolas Sarkozy propunham mudanças. É como se a França estivesse rompendo com o status quo e desejasse um novo rumo para os franceses.

A vitória do Nicolas mostra que a tendência conservadora na França, embora esse conservadorismo dele, que se assume como um homem de direita, propusesse mudanças importantes na economia e outras áreas da política francesa, está inspirada nestes movimentos que vimos nos últimos anos na França, de imigrantes, de desempregados nos subúrbios das cidades francesas, na banlieue de Paris, com grandes perturbações na ordem pública, mostrando que há na França uma estagnação política e até da economia que requer um novo posicionamento do governo e dos franceses de modo geral.

Um comentário:

Unknown disse...

Governador Lúcio,
Tentei lhe enviar o comentário abaixo. Como não encontrei o link apropriado no blog, envio como comentário da postagem sobre a eleição francesa. O meu comentário enviado ao O POVO (internet) se refere à eleição da lista sêxtupla da OAB que, de sua vez, remete à eleição da defensoria pública. Refresco a memória daqueles que, no seu governo, pressionavam para que fosse indicado o mais votado na categoria. Agora, alguns daqueles que pressionavam, se apresentam com outra conversa... Eis o comentário:
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A escolha feita pelo Conselho é legítima, porque as regras estabelecidas foram obedecidas. Contudo, permito-me relembrar que o projeto original, por mim apresentado à OAB/CE, em 2003, e que resultou na consulta à categoria, previa a eleição direta dos seis integrantes da lista. O medo da democracia fez com que a cúpula, leia-se Paulo Quezado e Hélio Leitão, articulassem para que a eleição fosse mista, num arremedo de eleição direta, onde a vontade dos eleitores é desconsiderada. Nem todos dessa lista, ao meu sentir, apesar de todos serem respeitáveis, representam a categoria, mas a eleição está legitimada pelo processo escolhido. Como ficam alguns conselheiros que, num passado recente, deram amplo apoio aos defensores públicos que exigiam do governador Lúcio Alcântara a indicação do defensor mais votado para o cargo de Defensor Geral?