Os policiais civis retomam a greve.
Os professores, no seu dia, poem as barbas de molho.
sábado, 15 de outubro de 2011
Economia
A economia brasileira desacelerou em agosto. O recuo parece ser maior que o previsto.
O fato pode ser constatado pelo resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) medido pelo Banco Central.
A partir dos dados divulgados pelo Banco Central analistas começam a rever a previsão de crescimento do PIB para este ano.
O resultado reforça a política de baixa de juros do Banco Central como forma de evitar que a economia entre em risco de estagnação.
A expectativa é que o aumento do PIB se situe entre 3% e 4%.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
O fato pode ser constatado pelo resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) medido pelo Banco Central.
A partir dos dados divulgados pelo Banco Central analistas começam a rever a previsão de crescimento do PIB para este ano.
O resultado reforça a política de baixa de juros do Banco Central como forma de evitar que a economia entre em risco de estagnação.
A expectativa é que o aumento do PIB se situe entre 3% e 4%.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
Livros
A Islândia, que quebrou mas já se reergue, é o país homenageado na Feira de Frankfurt deste ano. O Brasil se-lo-á em 2013.
Na cerimônia de abertura o escritor Arnaldur Indridason assim se expressou sobre seu país :
A natureza é áspera, o clima é um dos piores da Europa, geologicamente a ilha ainda está em processo de formação, como demonstram os constantes terremotos e recentes erupções vulcânicas.
Em poucas palavras, a Islândia é o local ideal para poetas e ficcionistas viverem.
O autor, renovador da literatura policial, gênero preferido dos islandeses, escreveu o livro O Silêncio do Túmulo traduzido pela Companhia das Letras.
Enquanto cada islandês compra em média oito livros por ano no Brasil a cifra beira 3,7.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
Na cerimônia de abertura o escritor Arnaldur Indridason assim se expressou sobre seu país :
A natureza é áspera, o clima é um dos piores da Europa, geologicamente a ilha ainda está em processo de formação, como demonstram os constantes terremotos e recentes erupções vulcânicas.
Em poucas palavras, a Islândia é o local ideal para poetas e ficcionistas viverem.
O autor, renovador da literatura policial, gênero preferido dos islandeses, escreveu o livro O Silêncio do Túmulo traduzido pela Companhia das Letras.
Enquanto cada islandês compra em média oito livros por ano no Brasil a cifra beira 3,7.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
Euro
"...a zona do euro se transformou de uma união monetária para uma união de transferência de dívidas".
Petr Necas
Primeiro-ministro da República Checa
Petr Necas
Primeiro-ministro da República Checa
OMC
Japão e Coreia, os maiores exportadores mundiais de carros acionam a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo Brasil para carros importados.
Acusam o governo de usar o real valorizado para justificar medidas protecionistas e violar compromissos assumidos por chefes de governo no G-20
É a luta de conquista e preservação de mercados. Percalços da globalização.
O Brasil que se bateu, com êxito, contra os subsidios americanos ao algodão, encara o dumping chinês em defesa da indústria nacional. Agora passou de vítima a vilão.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
Acusam o governo de usar o real valorizado para justificar medidas protecionistas e violar compromissos assumidos por chefes de governo no G-20
É a luta de conquista e preservação de mercados. Percalços da globalização.
O Brasil que se bateu, com êxito, contra os subsidios americanos ao algodão, encara o dumping chinês em defesa da indústria nacional. Agora passou de vítima a vilão.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 15/10/11
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Rebaixados
As agências de classificação de risco de crédito, Standard & Poor´s e Fitch, rebaixaram a nota de praticamente todos os bancos espanhois de peso.
A medida equiparou o sistema financeiro da Espanha ao do México. Com a decisão o setor financeiro espanhol perde a condição de um dos mais solventes do mundo para se equivaler aos do leste europeu e paises emergentes.
Por trás da decisão está a constatação do baixo crescimento da economia espanhola e a recessão do setor imobiliário.
Aguarda-se que a Europa apresente uma série de exigências para capitalizar os banco europeus em $ 100,00 bilhões e assim frear uma nova onda de quebra de instituições financeiras.
O maior banco belga. o Dexia, abriu a temporada. Foi nacionalizado para evitar um caos no sistema financeiro.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11.
A medida equiparou o sistema financeiro da Espanha ao do México. Com a decisão o setor financeiro espanhol perde a condição de um dos mais solventes do mundo para se equivaler aos do leste europeu e paises emergentes.
Por trás da decisão está a constatação do baixo crescimento da economia espanhola e a recessão do setor imobiliário.
Aguarda-se que a Europa apresente uma série de exigências para capitalizar os banco europeus em $ 100,00 bilhões e assim frear uma nova onda de quebra de instituições financeiras.
O maior banco belga. o Dexia, abriu a temporada. Foi nacionalizado para evitar um caos no sistema financeiro.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11.
Cristo Redentor
A imagem do Cristo Redentor no Rio de Janeiro completa 80 anos. É um ex-libris da cidade e do Brasil incluido, mediante um concurso popular, entre as 7 maravilhas do mundo.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro irá inaugurar no topo do Corcovado um busto do engenheiro e arquiteto Heitor da Silva Costa informando que ele foi autor do projeto e construtor do monumento.
A atribuição pública da autoria se insere em uma disputa na qual herdeiros do escultor francês Paul Landowski reivindicam direitos autorais e de imagem em ação promovida contra a joalheria H. Stern.
Para a bisneta de Silva Costa, Bel Noronha, o francês teria sido contratado como colaborador apenas para modelar cabeça e mãos da estátua.
Já Maria Isabel Oswald Monteiro, 92 anos, filha do artista plástico Carlos Oswald, autor do desenho original, que nada reivindica, prefere dizer que a obra não teve um, mas vários autores.
Com polêmica e tudo as comemorações prosseguem com a realização de eventos e obras no monumento.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11
A Arquidiocese do Rio de Janeiro irá inaugurar no topo do Corcovado um busto do engenheiro e arquiteto Heitor da Silva Costa informando que ele foi autor do projeto e construtor do monumento.
A atribuição pública da autoria se insere em uma disputa na qual herdeiros do escultor francês Paul Landowski reivindicam direitos autorais e de imagem em ação promovida contra a joalheria H. Stern.
Para a bisneta de Silva Costa, Bel Noronha, o francês teria sido contratado como colaborador apenas para modelar cabeça e mãos da estátua.
Já Maria Isabel Oswald Monteiro, 92 anos, filha do artista plástico Carlos Oswald, autor do desenho original, que nada reivindica, prefere dizer que a obra não teve um, mas vários autores.
Com polêmica e tudo as comemorações prosseguem com a realização de eventos e obras no monumento.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11
Livros
Em meio à crise econômica Frankfurt se prepara para mais uma feira de livros, o maior evento do mercado literário do mundo.. O país homenageado é a Islândia.
Do Brasil comparecem as editoras Record e a Companhia das Letras.
Devido à crise na Europa e Estados Unidos donos de originais focam o Brasil para a venda de direitos sobre as obras e inflacionam o mercado local aproveitando-se da concorrência entre as editoras brasileiras.
Em 2013 será a vez do Brasil que já se prepara para não fazer má figura. A língua continua a ser barreira importante para uma maior divulgação da nossa literatura.
A Fundação Biblioteca Nacional lançou um programa de tradução de autores nacionais com o objetivo de ampliar nossa presença no mundo.
Na Europa o livro eletrônico ainda não decolou. Na Alemanha, por exemplo, representa menos de 1% das vendas.
Nos Estados Unidos o crescimento em 20% do livro digital significou um aumento de mercado e não uma troca de suportes.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11
Do Brasil comparecem as editoras Record e a Companhia das Letras.
Devido à crise na Europa e Estados Unidos donos de originais focam o Brasil para a venda de direitos sobre as obras e inflacionam o mercado local aproveitando-se da concorrência entre as editoras brasileiras.
Em 2013 será a vez do Brasil que já se prepara para não fazer má figura. A língua continua a ser barreira importante para uma maior divulgação da nossa literatura.
A Fundação Biblioteca Nacional lançou um programa de tradução de autores nacionais com o objetivo de ampliar nossa presença no mundo.
Na Europa o livro eletrônico ainda não decolou. Na Alemanha, por exemplo, representa menos de 1% das vendas.
Nos Estados Unidos o crescimento em 20% do livro digital significou um aumento de mercado e não uma troca de suportes.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 12/10/11
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Poesia
Do novo prêmio Nobel, o poeta sueco Tomas Transtörmer :
Poemas haikai
"Os fios elétricos
estendidos por onde o frio reina
Ao norte de toda música
O sol branco
treina correndo solitário para
a montanha azul da morte.
Temos que viver
com a relva pequena
e o riso dos porões
Agora o sol se deita
sombras se levantam gigantescas
Logo logo tudo é sombra.
As orquídeas
Petroleiros passam deslizando.
É lua cheia.
Fortalezas medievais,
cidade desconhecida, esfinges frias,
arenas vazias.
As folhas cochicham :
Um javali está tocando órgão.
E os sinos batem.
e a noite se desloca
de leste para oeste
na velocidade da lua.
Duas libélulas
agarradas uma na outra
passam e se vão
Presença de Deus.
No túnel do canto do pássaro
uma porta fechada se abre.
Carvalhos e a lua.
Luz e imagem de estrelas silentes
O mar gelado.
Poemas haikai
"Os fios elétricos
estendidos por onde o frio reina
Ao norte de toda música
O sol branco
treina correndo solitário para
a montanha azul da morte.
Temos que viver
com a relva pequena
e o riso dos porões
Agora o sol se deita
sombras se levantam gigantescas
Logo logo tudo é sombra.
As orquídeas
Petroleiros passam deslizando.
É lua cheia.
Fortalezas medievais,
cidade desconhecida, esfinges frias,
arenas vazias.
As folhas cochicham :
Um javali está tocando órgão.
E os sinos batem.
e a noite se desloca
de leste para oeste
na velocidade da lua.
Duas libélulas
agarradas uma na outra
passam e se vão
Presença de Deus.
No túnel do canto do pássaro
uma porta fechada se abre.
Carvalhos e a lua.
Luz e imagem de estrelas silentes
O mar gelado.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Perda
Perdi um amigo. O Comandante Ariston comprou passagem de ida para o céu cuja vizinhança frequentou durante muito tempo, de dia e de noite, entre nuvens e estrelas, sob o sol e a lua.
Pioneiro da aviação executiva no Ceará, constituiu empresa que navegou por muitos ares, serenos e turbulentos. Enfrentou dificuldades com o otimismo tranquilo dos que confiam em si e em sua capacidade de trabalho.
Vi-o pela primeira vez quando de férias em São Gonçalo soubemos que um avião caira em uma capoeira próximo à vila de Siupé.
Pilotava a aeronave que conduzia o governador Parsifal Barroso e Dona Olga, vindos de Sobral, felizmente todos ilesos. Rápido providenciou-se o resgate dos passageiros
Na cidade foi aberta a igreja, já de noite, para que os ocupantes do avião agradecessem à Deus o terem escapado do acidente sem nenhum agravo. E então foram todos conduzidos de carro à Fortaleza.
A discriminação que sofreu de cliente tradicional, ao qual por muitos anos prestara bons serviços, maguou-o, sem que se ouvisse dele recriminação, ou queixumes, pela inesperada desconsideração.
Era assim o Comandante, profissional competente e ético, afável no trato, amigo dos amigos.
A história da aviação no Ceará teve nele um dos mais importantes protagonistas. Auguro que esta saga não se interrompa com sua partida.
Pioneiro da aviação executiva no Ceará, constituiu empresa que navegou por muitos ares, serenos e turbulentos. Enfrentou dificuldades com o otimismo tranquilo dos que confiam em si e em sua capacidade de trabalho.
Vi-o pela primeira vez quando de férias em São Gonçalo soubemos que um avião caira em uma capoeira próximo à vila de Siupé.
Pilotava a aeronave que conduzia o governador Parsifal Barroso e Dona Olga, vindos de Sobral, felizmente todos ilesos. Rápido providenciou-se o resgate dos passageiros
Na cidade foi aberta a igreja, já de noite, para que os ocupantes do avião agradecessem à Deus o terem escapado do acidente sem nenhum agravo. E então foram todos conduzidos de carro à Fortaleza.
A discriminação que sofreu de cliente tradicional, ao qual por muitos anos prestara bons serviços, maguou-o, sem que se ouvisse dele recriminação, ou queixumes, pela inesperada desconsideração.
Era assim o Comandante, profissional competente e ético, afável no trato, amigo dos amigos.
A história da aviação no Ceará teve nele um dos mais importantes protagonistas. Auguro que esta saga não se interrompa com sua partida.
Dia da criança
O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.
Karl Mannheim
Karl Mannheim
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Reforma política
A única coisa lógica que o povo vai entender, se fizer a reforma política, é que os mais votados sejam eleitos.
Michel Temer
Vice-presidente da República
Michel Temer
Vice-presidente da República
Quando a gente gosta, cuida
Izabel Gurgel
Jornalista e diretora do Theatro José de Alencar (TJA)
Dia 8 de março de 2007 iniciamos com Silêda Franklin uma gestão no Theatro José de Alecar (TJA). Olhamos a Praça José de Alencar como se fosse a primeira vez. De-so-la-dor. Ouvi Silêda: “Pior do que está não fica”. Em silêncio, memória acionada do que vivi na região desde menina, lembrei do que digo que aprendi com a literatura, mas é do tutano do existir: sempre pode piorar.
O que vivemos hoje no Centro é regurgitação do que engolimos na cidade toda. Fortaleza lembra uma música de Caetano: parece construção e já é ruína. Digo com dor, escrevo com dó. De nós mesmos, sobretudo (é horrível sentir pena de si). Somos uma cidade que destruiu as calçadas. Como vislumbrar horizonte quando se perdeu o chão? Para onde quer ir uma cidade que sequer pode andar? Que cidade é essa cuja população transita, parece que sem estranhamento, como uma horda miserável de predadores de si, a topar um acordo mútuo de desmonte da vida em comum, a produzir e viver em meio ao lixo nas ruas, nas praias, nas praças, sem saber mais se indignar? Se não temos chão, não dá para caminhar mirando o que há de vir ou apreciando a paisagem. Só se olha para baixo. A visão encurta, o corpo desaprende a fruição do espaço, a ver o outro. Viver é só uma tentativa de escapar. Qualquer movimento é travessia sob ameaça. Não à toa, cruzamos os dias tomados pela sensação de exaustão.
Vigio-me para não perder a vergonha, o desconforto que sinto ao andar na cidade. Sim, alerta contra a banalização do padrão atual do nosso cenário, mais e mais tornado norma, amputando-me de experiências simples de vida urbana que me foram tão corriqueiras.
Não lamento supostas perdas em relação ao passado. Assusta-me a precariedade do presente e a destruição de futuros. Sei da fúria dos nossos modos de existir, posso senti-la com tanta argúcia quanto cada gesto de delicadeza, miúdo que seja. Corrijo: gentileza nunca é pequena. É imensidão. Talvez tenhamos desaprendido o exercício de ser grande, de estar à altura da vida.
Que lugar potente o Centro de Fortaleza! Pode nos dizer sobre como vivemos (n)a cidade. Vamos cuidar do Centro, da cidade. É cuidar de si: quando a gente gosta, cuida. Por isso escrevo. Por isso iniciamos junto com a gestão do TJA uma série de encontros com equipes de instituições culturais da área, batizados de Viva o Centro! Um desejo manifesto de vida. Só isso. Sim, escrevo fragmentos de um discurso amoroso sobre o lugar onde vivo.
Compreendo a região como a que mais explicita Fortaleza. Perceba: são fragmentos tocados pelo desespero. Cansei do desespero mudo mesmo sabendo o quão eloquente pode ser o silêncio. Sei que uma outra experiência de cidade é possível e ela não pode descartar o Centro ou transformá-lo em aterro sanitário das nossas relações sociais. Está à flor da pele nossa patologia da vida em comum. Você não acha que abrir mão de uma região que tem o Passeio Público, o TJA, o Instituto Histórico do Ceará, vista para o mar ao final de cada rua no alto da colina que deixamos de ver, diz de uma certa esquizofrenia, algo partido? Mas a vida não cessa de brotar. É como a poesia. Tão necessária em tempos de penúria quanto na abundância. Sabe que o ipê da Praça José de Alencar ainda floresce em meio à aridez da terra devastada?
* Fonte:http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/10/08/noticiaopiniaojornal,2312262/quando-a-gente-gosta-cuida.shtml
Jornalista e diretora do Theatro José de Alencar (TJA)
Dia 8 de março de 2007 iniciamos com Silêda Franklin uma gestão no Theatro José de Alecar (TJA). Olhamos a Praça José de Alencar como se fosse a primeira vez. De-so-la-dor. Ouvi Silêda: “Pior do que está não fica”. Em silêncio, memória acionada do que vivi na região desde menina, lembrei do que digo que aprendi com a literatura, mas é do tutano do existir: sempre pode piorar.
O que vivemos hoje no Centro é regurgitação do que engolimos na cidade toda. Fortaleza lembra uma música de Caetano: parece construção e já é ruína. Digo com dor, escrevo com dó. De nós mesmos, sobretudo (é horrível sentir pena de si). Somos uma cidade que destruiu as calçadas. Como vislumbrar horizonte quando se perdeu o chão? Para onde quer ir uma cidade que sequer pode andar? Que cidade é essa cuja população transita, parece que sem estranhamento, como uma horda miserável de predadores de si, a topar um acordo mútuo de desmonte da vida em comum, a produzir e viver em meio ao lixo nas ruas, nas praias, nas praças, sem saber mais se indignar? Se não temos chão, não dá para caminhar mirando o que há de vir ou apreciando a paisagem. Só se olha para baixo. A visão encurta, o corpo desaprende a fruição do espaço, a ver o outro. Viver é só uma tentativa de escapar. Qualquer movimento é travessia sob ameaça. Não à toa, cruzamos os dias tomados pela sensação de exaustão.
Vigio-me para não perder a vergonha, o desconforto que sinto ao andar na cidade. Sim, alerta contra a banalização do padrão atual do nosso cenário, mais e mais tornado norma, amputando-me de experiências simples de vida urbana que me foram tão corriqueiras.
Não lamento supostas perdas em relação ao passado. Assusta-me a precariedade do presente e a destruição de futuros. Sei da fúria dos nossos modos de existir, posso senti-la com tanta argúcia quanto cada gesto de delicadeza, miúdo que seja. Corrijo: gentileza nunca é pequena. É imensidão. Talvez tenhamos desaprendido o exercício de ser grande, de estar à altura da vida.
Que lugar potente o Centro de Fortaleza! Pode nos dizer sobre como vivemos (n)a cidade. Vamos cuidar do Centro, da cidade. É cuidar de si: quando a gente gosta, cuida. Por isso escrevo. Por isso iniciamos junto com a gestão do TJA uma série de encontros com equipes de instituições culturais da área, batizados de Viva o Centro! Um desejo manifesto de vida. Só isso. Sim, escrevo fragmentos de um discurso amoroso sobre o lugar onde vivo.
Compreendo a região como a que mais explicita Fortaleza. Perceba: são fragmentos tocados pelo desespero. Cansei do desespero mudo mesmo sabendo o quão eloquente pode ser o silêncio. Sei que uma outra experiência de cidade é possível e ela não pode descartar o Centro ou transformá-lo em aterro sanitário das nossas relações sociais. Está à flor da pele nossa patologia da vida em comum. Você não acha que abrir mão de uma região que tem o Passeio Público, o TJA, o Instituto Histórico do Ceará, vista para o mar ao final de cada rua no alto da colina que deixamos de ver, diz de uma certa esquizofrenia, algo partido? Mas a vida não cessa de brotar. É como a poesia. Tão necessária em tempos de penúria quanto na abundância. Sabe que o ipê da Praça José de Alencar ainda floresce em meio à aridez da terra devastada?
* Fonte:http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/10/08/noticiaopiniaojornal,2312262/quando-a-gente-gosta-cuida.shtml
Economia
A economia precisa de uma balançada imediatamente. Há muitas pessoas sofrendo neste país para não fazermos nada.
Barack Obama
Presidente dos Estados Unidos
Barack Obama
Presidente dos Estados Unidos
Carros
A produção de carros caiu 20% em setembro. Foi a maior queda desde dezembro de 2008.
A redução é atribuida às férias coletivas concedidas pelas montadoras para evitar acúmulo de estoques.
Emquanto isso os chineses anunciam que vão desembarcar no Brasil. A JAC confirma que irá se instalar na Bahia, a depender de acertos com o governo federal. A Chery vai investir US$ 400,00 milhões em fábrica na cidade de Jacareí (SP).
A Nissan construirá uma unidade em Rezende (RJ) com previsão de gastar R$ 2,1 bilhões para produzir 200 mil veículos por ano e que deverá operar a partir do primeiro semestre de 2014.
A Volkswagen deverá ampliar seu investimento no Brasil de R$ 6,2 para R$ 8,7 bilhões até 2016.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 07/10/11
A redução é atribuida às férias coletivas concedidas pelas montadoras para evitar acúmulo de estoques.
Emquanto isso os chineses anunciam que vão desembarcar no Brasil. A JAC confirma que irá se instalar na Bahia, a depender de acertos com o governo federal. A Chery vai investir US$ 400,00 milhões em fábrica na cidade de Jacareí (SP).
A Nissan construirá uma unidade em Rezende (RJ) com previsão de gastar R$ 2,1 bilhões para produzir 200 mil veículos por ano e que deverá operar a partir do primeiro semestre de 2014.
A Volkswagen deverá ampliar seu investimento no Brasil de R$ 6,2 para R$ 8,7 bilhões até 2016.
Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 07/10/11
domingo, 9 de outubro de 2011
Sonho americano
Está claro agora, particularmente para os jovens, que eles não viverão o sonho americano.
Richard Sennett
Richard Sennett
Reflexão dominical
Da Carta de São Paulo aos Felipenses :
Irmãos : sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome,tendo de sobra ou passando necessidade.
Tudo posso naquele que me dá força.
Irmãos : sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome,tendo de sobra ou passando necessidade.
Tudo posso naquele que me dá força.
Inflação
A inflação bateu em 7,31% em 12 meses. O nível mais alto desde 2005 segundo o IBGE.
Há um risco real de que ultrapasse o teto da meta fixado para a inflação oficial em 2011 que é de 6,5%.
O aumento nos preços dos alimentos e dos serviços estão entre os que mais têm contribuido para a formação da taxa de inflação.
Economistas consideram que a alta do dólar ainda não foi absorvida pelo índice. Produtos eletrônicos deverão colaborar para o crescimento inflacionário.
Saiba mais no joprnal O Estado de São Paulo, edição de 09/10/11
Há um risco real de que ultrapasse o teto da meta fixado para a inflação oficial em 2011 que é de 6,5%.
O aumento nos preços dos alimentos e dos serviços estão entre os que mais têm contribuido para a formação da taxa de inflação.
Economistas consideram que a alta do dólar ainda não foi absorvida pelo índice. Produtos eletrônicos deverão colaborar para o crescimento inflacionário.
Saiba mais no joprnal O Estado de São Paulo, edição de 09/10/11
Assinar:
Postagens (Atom)