Perdi um amigo. O Comandante Ariston comprou passagem de ida para o céu cuja vizinhança frequentou durante muito tempo, de dia e de noite, entre nuvens e estrelas, sob o sol e a lua.
Pioneiro da aviação executiva no Ceará, constituiu empresa que navegou por muitos ares, serenos e turbulentos. Enfrentou dificuldades com o otimismo tranquilo dos que confiam em si e em sua capacidade de trabalho.
Vi-o pela primeira vez quando de férias em São Gonçalo soubemos que um avião caira em uma capoeira próximo à vila de Siupé.
Pilotava a aeronave que conduzia o governador Parsifal Barroso e Dona Olga, vindos de Sobral, felizmente todos ilesos. Rápido providenciou-se o resgate dos passageiros
Na cidade foi aberta a igreja, já de noite, para que os ocupantes do avião agradecessem à Deus o terem escapado do acidente sem nenhum agravo. E então foram todos conduzidos de carro à Fortaleza.
A discriminação que sofreu de cliente tradicional, ao qual por muitos anos prestara bons serviços, maguou-o, sem que se ouvisse dele recriminação, ou queixumes, pela inesperada desconsideração.
Era assim o Comandante, profissional competente e ético, afável no trato, amigo dos amigos.
A história da aviação no Ceará teve nele um dos mais importantes protagonistas. Auguro que esta saga não se interrompa com sua partida.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
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