quinta-feira, 17 de maio de 2007

Em busca de esclarecimento

Integrantes da CPI do Senado, instalada hoje, se reuniram com o comando da CPI da Câmara para trocar informações sobre as investigações em andamento pelos deputados. E pelo que li na internet, surgiram as primeiras divergências. O presidente da CPI da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), e o relator da CPI no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), demonstraram ter visões distintas sobre os relatórios finais a serem elaborados pelas CPIs.

Castro disse que seria um "escândalo" se as duas comissões chegarem a resultados diferentes ao final das investigações. Para Demóstenes, resultados diferentes podem naturalmente ocorrer em duas investigações distintas, mesmo quando abordam o mesmo tema.

Além da função legisladora, o Parlamento tem uma ação fiscalizadora. E a CPI é um instrumento importante de fiscalização, principalmente se não for manipulada. Nem pelo governo nem pela oposição. Ela deve buscar realmente esclarecer o assunto.

A desmilitarização do controle do tráfego aéreo é uma questão latente há muitos anos. Quando fui constituinte, já havia o desejo de separar o controle do tráfego aéreo. Eu e, acredito, todos os meus colegas constituintes fomos visitados por lobbys que defendiam as duas posições. Uma para manter o controle como ainda hoje é - dos militares da Força Aérea – e outra que queriam a separação.

O que se verifica é que essa separação é muito onerosa. Também não podemos esquecer que civil tem direito de reivindicar, de buscar melhores salários, melhores condições de trabalho.

No entanto, os controladores militares chegaram a um nível tal de irresponsabilidade, pela forma como conduziram a greve, que colocaram o tráfego aéreo em risco e milhares de pessoas em situação de desconforto, com atrasos e cancelamentos de vôos.

Foi uma atitude insana desses controladores, e que mostra que este é um problema sério a ser resolvido, vinculado até à discussão sobre o direito de greve em certas atividades, que exigem realmente um serviço contínuo e que não podem ser interrompidas, pois são de extrema necessidade e de grande interesse público.

Nenhum comentário: