sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Caçador

Humberto Werneck, escritor premiado por sua obra O Santo Sujo (Cosac Naify), uma excelente biografia de Jaime Ovalle, diz-se um obcecado pela funcionalidade da linguagem e revela que Scherezade, a das Mil e Uma Noites, é a sua padroeira, cuja inventividade garantiu-lhe a sobrevivência.

Preocupado com uma certa padronização da linguagem que avança entre a nova geração da internet acaba de lançar um novo livro, O Pai dos Burros, uma coletânea de lugares comuns a que muitos recorrem pela força do hábito.

H.L. Mencken, mordaz jornalista americano, afirmou que "os clichês têm origem no medo do desconhecido". Na falta do mot juste pega-se na prateleira a expressão surrada que estiver à mão.

Vejamos alguns exemplos selecionados pelo autor:

Selva de Pedra

Abraçar uma causa

Torrão natal

Vida pregressa

Zona do agrião

Os ossos do ofício

Herança maldita

Golpe de mestre

Notícia bombástica

Estofo moral

Sinta-se a vontade para acrescentar mais algumas à lista.

PS: A relação do autor tem 4.500 expressões espalhadas por 2 mil verbetes. Conheça-as, para se defender delas.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 25/08/09

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