(Bartleby, em ilustração de Götting, 2004.)
É o título do trabalho do arquiteto Iñaki Abalos para pregar em favor da idéia de sustentabilidade em arquitetura, que implica na produção de edifícios que atendam satisfatoriamente a requisitos ambientais, sociais e econômicos.
O autor chama atenção para os modismos em arquitetura, que muitas vezes distorcem a idéia original que impulsionou o surgimento de novos conceitos. À onda dos prédios inteligentes, segue-se o culto à sustentabilidade, agregada ao significado estético das obras.
O autor reage à submissão da arquitetura ao aparato, e recomenda perguntar o que verdadeiramente interessa neste conceito que não signifique apenas manipulação de palavras mágicas pela indústria da construção. Assim, a idéia de sustentabilidade pode se manifestar na recusa em projetar, ou executar uma obra, julgada desnecessária, ou postergável.
À semelhança do personagem do conto de Herman Melville, "Bartleby, o escriturário", que a cada ordem recebida no escritório repetia o bordão "preferiria não fazê-lo", o arquiteto coerente com a pureza do conceito de sustentabilidade é o que recusa fazer uma determinada obra. Isto é, o melhor a fazer é não fazer.
Leia mais: Bartleby, el arquiteto. Publicado no suplemento "Babelia" de "El Pais", edição de l0 de março de 2007.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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2 comentários:
Dr. Lucio,
Parabens pelo blog! Todos os dias estou acessando e passarei a comentar mais vezes.
Abraco.
No caso de boa parte da arquitetura de Fortaleza, nós cidadãos é que preferíamos que não tivesse sido feita...
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