domingo, 28 de setembro de 2008

Centro Cultural

O Ceará já poderia estar desfrutando de um Centro Cultural, construído e mantido pela Caixa Econômica Federal (CEF), no prédio da antiga Alfândega, não fora a incompreensível demora da Prefeitura de Fortaleza em conceder alvará para início das obras.

Ah, a política... Ou melhor, a politicagem.

A decisão da Presidência da Caixa Econômica atendeu a pleito nosso, quando Governador do Ceará. Foi elaborado o projeto e apresentado em Fortaleza, pelo Presidente da Caixa. A agência de penhores, que funciona no local, seria transferida para um imóvel nas imediações, devidamente adaptado. Pessoalmente, mediei as negociações entre o proprietário e a Caixa.

A idéia é que o Centro abrigasse, sob a forma de comodato, senão toda, boa parte da coleção de pinturas pertencente ao Estado, mormente o importante acervo de obras de Antônio Bandeira.

Vejo na imprensa que o Secretário de Cultura defende a idéia de que o imóvel seja cedido pela Caixa, para ser a Pinacoteca do Estado, que se responsabilizaria pela obra e manutenção do equipamento.

O Ceará, que já perdeu o Centro Cultural do Banco do Brasil por culpa da Prefeita de Fortaleza, que travou a negociação entre o Estado e a Rede Ferroviária Federal, ficaria privado de mais um investimento cultural federal, em franca desvantagem com outras capitais brasileiras, que já possuem equipamentos como esses.

Saiba mais em O Povo, edição de 26/09/08. (Foto: Talita Rocha/OP).

4 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

Existe uma expressão muito usada no cotidiano da gente que metaforicamente traduz com perfeição essa prefeita de Fortaleza: ela é um jurássico ATRASO DE VIDA. Ela nem faz, nem deixa ninguém fazer. É um NADA ambulante. Só tem gogó e cara-de-pau.

Na ficção, Odorico Paraguassu não conseguia inaugurar o cemitério de Sucupira, maior promessa da campanha dele, por pura falta de defunto. No plano real, em nossa Sucupira desposada-do-sol, o hospital da mulher, maior promessa de campanha dela, nem do papel tinha saído após 4 anos. Foi preciso que uma candidatura adversária entrasse na Justiça para que, às pressas, o engôdo da construção gerasse o papel do alvará.

Tanta mentira me enoja! A cara da desfaçatez estampada na tela da TV a desfiar um rosário de mentiras causa asco. Será que o cearense perdeu a capacidade de raciocinar? De saber distinguir a verdade da flagrante falta dela? Será que ainda vamos ver o estelionato ser descriminalizado, diante de tanta fartura dele ao vivo e a cores, na mais pura banalização da verdade?

É triste constatar, mas estamos de volta à lei dos velhos coronéis, aos currais eleitorais, à prevalência do engôdo.

Fui uma das que ficou sem entender sua recusa em candidatar-se. Mas agora vejo claramente: como homem sério, jamais iria utilizar as mesmas armas nessa guerra suja, sem lei. Além do que estaria ao relento, uma vez que a justiça eleitoral daqui é vergonhosamente conivente com tudo o que acontece.

Cris

Célio Ferreira Facó disse...

Isto lendo, acharão talvez a candidata e grupelho da reeleição que não se lhes faz justiça. Dirão: por este que não saiu, por que não elogiar, porém, a celeridade com que se autorizou um condomínio comercial quase dentro do leito do Cocó? Já se viu que não coincidem os interesses deste grupelho-candidato com os da Cidade e seus cidadãos. A propósito: chega a emocionar a fidelidade, quase obsessão com que reproduz O Povo, em suas capas (Por quê?), o resultado de qualquer pesquisa (?) apontando um resultado possível da iminente eleição. Ficamos a pensar que para aquele periódico local uma pesquisa de intenção de voto é um presságio exato, infalível da realidade.

Marcos_Ce disse...

Um centro Cultural Municipal ali, junto ao Centro Dragão do Mar seria uma maravilha! Seria algo onde a FUNCET poderia mostrar trabalho, ao invés de massacrar o belo trabalho do Frei Wilson na escola de música do Ancuri.

José Sales disse...

Dr. Lúcio
Nesta terra de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção existe a "síndrome da paternidade assumida" e neste ambito o Secretário Auto Filho, não quer "deixar barato". Assim um Centro Cultural da Caixa Economica Federal é muito pouco para a SECULT. Tem que ser transformar tudo em uma pinacoteca do Estado do Ceará, "apadrinhada" pela SECULT e "paternisada" pelo próprio Secretário Auto Filho. Enquanto isto, a Bilioteca menezes Pimental agoniza, sem verbas para preservação do seu acervo e recuperação de obras de referencia.