domingo, 30 de março de 2008

Duas faces


D. Maria I, Rainha de Portugal, mãe de D. João VI, é conhecida no Brasil como a louca. Em seu País de origem, identificam-na como a piedosa. Que justificativa há para dois tratamentos tão díspares?

Ao assumir o trono por morte do filho, D. José I, afastou Pombal de todos os cargos oficiais, obrigando-o ao ostracismo e ao recolhimento compulsório, em sua residência. Punia o déspota que perseguiu os Távora, os jesuítas e outros desafetos.

Libertou presos que não haviam sido julgados, procurou reabilitar a família Távora. Foi um período conhecido como "viradeira".

A mulher doce e melancólica, que governou durante quinze anos, veio a perder a razão, no final de 1791, quando se inicia a regência de D. João VI.

Não foram suficientes para curá-la, os esforços do psiquiatra inglês Francis Willis. Assim, é que, enxergando demônios e figuras calcinadas, desembarca aos gritos, no Rio de Janeiro, em 1808, onde viria a falecer em 1816.

Está aí, em poucas palavras, o resumo de uma vida marcada pela piedade e a loucura.

Saiba mais em O Estado de S. Paulo, edição de 20/03/08.

5 comentários:

Anônimo disse...

Onde foi parar meu comentário sobre Dona Maria, a piedosa e Dom Cid Gomes, o Louco?

Anônimo disse...

No Brasil, há os que se fazem de loucos na política, quer dizer, o problema não é comigo...
Muito bom o blog.

Célio Ferreira Facó disse...

Recente nota do Blog de Política de O Povo comemora a freqüência dos leitores. Minha opinião é que não devia impressionar o número de acessos. Não raro, na Internet, qualquer tolice é vista, lida por meio milhão. Aqueles números sejam antes um compromisso renovado do Caderno consigo mesmo, enquanto administrado por jornalistas às voltas com os desafios da ética e da verdade factual. Com a cidadania, a trazer para aqui a repercussão do cotidiano de Fortaleza, do Estado (até da vida nacional), seus graves problemas urbanos, a ação das principais figuras públicas e instituições. Vai se tornando uma espécie de rosto eletrônico de O Povo, seu estilo e participação na vida local. Grande desafio ser-lhe-á, por certo, a iminente eleição para prefeito de Fortaleza. A exigir muito mais dos princípios do bom jornalismo, praticados até a exaustão, com a esperada isenção, objetividade. Não sem a crítica bem exercida e o fio condutor das boas análises, vazadas em textos revistos, corretos. Assim fosse sempre.

Célio Ferreira Facó disse...

CORRENTES entre nós, agora, os casos de partidos que abandonam os seus membros-candidatos em favor só das suas conveniências particulares. Contra a postura do grupelho dirigente do PDT local escrevi na última semana. Graves problemas urbanos enfrenta agora Fortaleza, inflada à condição de metrópole. A exigir dos homens públicos e dos partidos acendrado espírito de cooperação e cidadania, em vez do mero afã de alianças fisiológicas. E que deveriam fazer por Fortaleza os partidos em suas representações locais? NÃO poderiam fazer O QUE FAZ O PDT. Neste, seus caudilhos fabricam candidatos em conciliábulos; tratam de assegurar-se o apoio de Tasso Jereissati e a aliança com o PSDB. Para tanto precisam propor, consolidar a candidatura da “brasiliense” Patrícia Saboya à prefeitura da Cidade. Velhos, imperdoáveis métodos da politicagem. Desrespeitam Heitor Férrer, célebre membro partidário, notável membro da Assembléia Legislativa. Desrespeitam os fortalezenses, principais interessados. Tudo isto é abominável, sem nenhum compromisso com a Cidade.

Anônimo disse...

Os lusitanos foram contemplados com sua piedades, os brasileiros foram vitimados por suas loucuras.

Eis a razão "dos tratamentos tão díspares" !