sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Biocombustíveis

Cresce no mundo a perspectiva de utilização de fontes de energia renováveis, que além de atenderem ao princípio da segurança energética, reduzem o impacto de lançamento de gás carbônico na atmosfera, abrindo caminho para o desenvolvimento econômico.

O Brasil tem amplas possibilidades nessa área. Terra disponível, tecnologia própria e dinamismo empresarial.

A produção de etanol, a partir da cana-de-açúcar, e de óleos combustíveis de origem vegetal nos coloca em vantajosa posição na produção de alternativas ao petróleo. O que poderia parecer unanimidade já suscita discordâncias dos que temem que a produção do álcool venha em detrimento dos alimentos, provocando o desmatamento de florestas e danos ao meio ambiente.

A Deputada Elisa Ferreira, do Parlamento Europeu, ex- ministra do meio ambiente de Portugal, em entrevista ao "O Estado de S. Paulo", edição de 7/10/07, diz que "o Brasil incomoda, no bom sentido", e que não tem cabimento a restrição ao álcool brasileiro sob o pretexto de defesa da amazônia.

Diz, também, que não há, por exemplo, uma preocupação de certificação do petróleo importado. Forças sociais, culturas enraizadas e lobbies bem plantados, podem comprometer o futuro promissor do agronegócio e frustrar nosso desenvolvimento com base na produção de bioenergéticos.

O que poderia parecer consensual, já preocupa, demandando forte ação política e diplomática, com um esforço de comunicação do Brasil em relação ao mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Dr. Pedro Sisnando, ex-secretário de agricultura, recentemente publicou no jornal O POVO um excelente trabalho, com conclusões insofismáveis, mostrando que, aqui no Ceará, o tão decantado biodiesel (ou será bioexpedito?), a partir da mamona é uma balela. Infelizmente!