domingo, 3 de maio de 2009

Erro Médico II

Nos Estados Unidos, o desperdício no sistema de atendimento médico custa mais de U$ 1,0 trilhão por ano. Boa parte dessa perda é gerada ou justificada pelo medo das consequências legais presentes em todas as etapas deste atendimento.

O recurso abusivo a processos contra médicos onera os custos da assistência médica, corroendo a relação entre médicos e pacientes.

A precaução, orientada por advogados, contra ações judiciais, instaura a desconfiança entre o profissional e o cliente, induzindo a realização preventiva, por excesso de cautela, de exames prescindíveis.

Médicos e pacientes, ou seus familiares, se relacionam como potenciais contendores.

Estudo realizado, em 2006, pela conceituada revista The New England Journal of Medicine, revelou que 25% dos casos em que nenhum erro médico fora constatado, resultaram em pagamentos de indenizações aos pacientes.

Por outro lado, diz o mesmo estudo, nos casos de pacientes lesados, U$ 0,54 de cada dólar pago a título de reparação por erro médico, destinam-se à advogados, peritos e outras despesas legais.

Para modificar essa situação, que acarreta grandes custos e compromete o exercício da medicina, está sendo proposta a criação de uma justiça médica integrada por tribunais especiais. Projetos com essa finalidade tramitam no Congresso americano.

A partir daí, seria possível fazer julgamentos mais ágeis, indenizar os pacientes a custos menores, padronizar decisões com maior rigor técnico e estabelecer paramêtros que ajudassem profissionais e hospitais a aprender com seus erros.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edições de 28/03 e 06/04/09.

Um comentário:

Caminhos do Turismo pelo Turismólogo disse...

"No dia do Juízo Final, os médicos terão de responder por mais vidas do que os generais."
Napoleão Bonaparte

Sei que existem pacientes aproveitadores, mas também alguns médicos é que deram margem para as coisas entrarem nesse campo. Alguns médicos hoje não sabem que lidam com vidas e sim com o lucro.
Eliane