Nos Estados Unidos, o desperdício no sistema de atendimento médico custa mais de U$ 1,0 trilhão por ano. Boa parte dessa perda é gerada ou justificada pelo medo das consequências legais presentes em todas as etapas deste atendimento.
O recurso abusivo a processos contra médicos onera os custos da assistência médica, corroendo a relação entre médicos e pacientes.
A precaução, orientada por advogados, contra ações judiciais, instaura a desconfiança entre o profissional e o cliente, induzindo a realização preventiva, por excesso de cautela, de exames prescindíveis.
Médicos e pacientes, ou seus familiares, se relacionam como potenciais contendores.
Estudo realizado, em 2006, pela conceituada revista The New England Journal of Medicine, revelou que 25% dos casos em que nenhum erro médico fora constatado, resultaram em pagamentos de indenizações aos pacientes.
Por outro lado, diz o mesmo estudo, nos casos de pacientes lesados, U$ 0,54 de cada dólar pago a título de reparação por erro médico, destinam-se à advogados, peritos e outras despesas legais.
Para modificar essa situação, que acarreta grandes custos e compromete o exercício da medicina, está sendo proposta a criação de uma justiça médica integrada por tribunais especiais. Projetos com essa finalidade tramitam no Congresso americano.
A partir daí, seria possível fazer julgamentos mais ágeis, indenizar os pacientes a custos menores, padronizar decisões com maior rigor técnico e estabelecer paramêtros que ajudassem profissionais e hospitais a aprender com seus erros.
Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edições de 28/03 e 06/04/09.
domingo, 3 de maio de 2009
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Um comentário:
"No dia do Juízo Final, os médicos terão de responder por mais vidas do que os generais."
Napoleão Bonaparte
Sei que existem pacientes aproveitadores, mas também alguns médicos é que deram margem para as coisas entrarem nesse campo. Alguns médicos hoje não sabem que lidam com vidas e sim com o lucro.
Eliane
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