domingo, 21 de setembro de 2008

Socorro

O Governo americano decidiu agir de forma mais intensa para deter a crise financeira que afeta a economia mundial. Foi anunciado um fundo de U$ 700 bilhões para a compra de ativos podres, em mãos de bancos e financeiras.

O economista John Williamson, "pai" do Consenso de Washington, afirma, agora, que, ao lado de maior liberalização do sistema financeiro, é preciso ter maior supervisão. Reconhece que poderia ter sido mais explícito sobre isto.

Do jeito que as coisas estão, diz não haver alternativa, senão uma profunda intervenção do Governo.

Quando a mão invisível do mercado não resolve, a mão ostensiva do Governo é chamada a intervir. A conta, espeta-se no bolso do contribuinte.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 20/09/08.

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

Ora, vejam! O deus Mercado socorrido pelos governos, i. e., pela coletividade! E justo na Meca do capitalismo! Não são as máximas lições do neoliberalismo e de toda a ciência econômica ortodoxa, até hoje, agora tornadas quase religião, em nossos dias, que esta “sacrossanta” instituição de nada precisa dos governos civis senão para garantir-lhes a segurança dos contratos? “Laissez faire, laissez passer” não é há muito o que propôs às sociedades, arrogantemente, astutamente crédula dos seus pequeninos méritos? Eis aí vemos as crises – cíclicas, necessárias, inevitáveis – a mostrar, escancarar a todos a verdade de que a iniciativa privada não pode ser deixada à solta e que os governos precisam regulá-las até mesmo para livrá-las dos próprios erros. A evitar este novo fiasco, tão lamentável quanto digno de riso, não bastaram nem todos os laureados com o prêmio Nobel.