segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ortografia

O Ministério da Educação acaba de publicar resolução na qual exige que os livros didáticos, a serem adquiridos para as escolas públicas, estejam de acordo com as novas normas ortográficas da Língua Portuguesa.

O mesmo documento também autoriza as editoras a fazerem as alterações no ano que vem. A decisão se baseia no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em dezembro de 1990.

O acordo já foi ratificado pelo Brasil e outros três países de língua portuguesa. Espera-se que o parlamento português também o faça, no próximo dia 15.

A matéria, em Portugal, tem suscitado intenso debate. Intelectuais e editores insurgem-se contra o mesmo. Recentemente, manifesto contrário à medida, contendo mais de 17 mil assinaturas, foi encaminhado à Assembléia da República.

Há motivações de natureza econômica, invocadas pelos editores portugueses, que se queixam do custo do ajuste que terão que fazer em suas publicações, ao tempo que temem perder para o Brasil, o mercado de livros didáticos nos países lusófonos. De outra parte, lingüistas e escritores insurgem-se contra o que consideram uma investida para homogeneizar a língua, na verdade feita pelo povo no seu cotidiano.

De fato, as mudanças são poucas, e como o nome indica, restritas à ortografia. No Brasil, o acordo deve vigorar a partir de janeiro de 2009. A Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), por intermédio de seu Presidente, Jorge Arinos, considerou a decisão do Ministério da Educação precipitada.

Saiba mais em O Estado de S. Paulo, edição de 09/05/08.

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