Acabei de ler Invenção do Desenho - Ficções da Memória, de Alberto Costa e Silva (foto), editado pela Nova Fronteira.
O autor é poeta, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras. Debruçando-se sobre o passado, nos dá, com enorme sensibilidade, um painel delicado de sua formação literária, o ingresso no Itamaraty, o início de sua carreira diplomática e suas relações familiares. Rio de Janeiro, Lisboa, África e Fortaleza são cenários dessa vida aparentemente plácida, transcorrida entre intelectuais e diplomatas, cujos perfis descreve com sutileza e bondade.
Não falta um retrato do nosso Antonio Girão Barroso, feito com carinho e exatidão. Fala com naturalidade da tuberculose, que o acometeu na juventude. E da longa estação no sanatório a céu aberto que era Campos do Jordão. Paradoxo que o afastou e o aproximou dos grandes amores de sua vida.
A narrativa é suave, a vida flui tranqüila, salvo as enxaquecas vulcânicas, erupções da alma, abrigo das tensões contidas.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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