O Governo português anunciou a criação do Portal dos Anúncios Públicos, que o desobrigará da publicação legal de atos legislativos e regulamentares da administração nos jornais, como hoje ocorre.
A medida implicará em uma economia de dez milhões de euros anuais, por parte do Estado, e mais dois milhões de euros de empresas e pessoas físicas, também obrigadas legalmente a publicações na imprensa.
A Associação Portuguesa de Imprensa (API) calcula que a nova medida determinará uma perda de 40% da receita publicitária.
Saiba mais no jornal O Público, edição de 29/12/08.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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2 comentários:
E algumas publicações no Diário Oficial do Estado poderiam ser suprimidas, como a concessão de vales (transporte e refeição). É uma enorme lista mensal para valores irrisórios, se comparados a certas gratificações que são publicadas uma única vez. Em nome de uma possível transparência publicaram e ninguém se propõe a simplificar e reduzir o tamanho do DOE. A lista de servidores em férias ou em licença para tratamento de saúde é muito mais importante, gera uma despesa muito maior e não é divulgada.
Do lado de cá do Atlântico, a verba oficial dos governos que esparzir por jornais e revistas, pode, não raro, dobrar o orgulho daquelas empresas, mitigar o dever de informar e fiscalizar, fazê-los abandonar a fidelidade aos fatos. Só para continuar merecendo a destinação daqueles patrocínios.
Consta, p. ex., que Carta Capital, na tentativa de manter jornalismo isento e crítico, viu-se várias vezes esquecida pela clientela oficial.
Eis aí, por certo, uma farra nunca suficientemente regulamentada entre nós.
É também grande desafio ao jornalismo nativo: ser ético, apesar do dinheiro oficial. Dá-se isto nos três níveis da Federação.
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