segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Medicina

A proliferação de cursos de medicina, sem respeito aos requisitos básicos para seu funcionamento, já vem apresentando problemas esperados. Pelo menos, é esta a opinião de Luis Gomes do Amaral, Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

Segundo ele, o fato do Brasil só estar abaixo da Índia, em número de cursos, já revela a qualidade do ensino oferecido.

O Ministério da Educação vem de punir, com base nos resultados do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE); e análise da estrutura dos cursos realizada por uma comissão de supervisão, três universidades. A Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), no Rio Grande do Sul, a Universidade de Marília, em São Paulo, e a Universidade de Iguaçu, campus de Itaperuna e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Os cursos obtiveram notas 1 e 2 no ENADE, e serão forçados a diminuir o número de vagas ofertadas.

A AMB pede maior rigor nas punições e não descarta o fechamento de algumas faculdades, o que já ocorreu no passado, nos Estados Unidos, a partir do Relatório Flexner, resultado de investigação do ensino da medicina no País, que recomendou o encerramento de alguns cursos.

Saiba mais n'O Estado de São Paulo, edição de 05/12/08.

2 comentários:

Sávio Bezerra disse...

Futuramente muitos médicos receitas. E olhe lá.

Célio Ferreira Facó disse...

Cursos superiores devem ser por si a excelência da educação. Em todas as áreas. Representam o coroamento do esforço iniciado nos primeiros bancos escolares.

Desnecessário dizer que são privilégio a ser concedido ao mérito e se inserem mesmo num projeto de longo prazo.

Nada disso pode permitir que se abra uma universidade como filão do mercado, a explorar bolsos, catar "consumidores". Não é como papel higiênico ou pasta de dentes.

Ocorre agora, entre nós, que vemos abrir-se numa esquina, num galpão antes abandonado, a faculdade X (Deve ser de xaropada). Anuncia-se assim: "Seu diploma superior por apenas x."

Não faz muito tempo, diretor de uma dessas, entrevistado, disse que pesquisa "é perda de tempo".