domingo, 7 de setembro de 2008

Adriano


Adriano, o imperador romano, está sob os holofotes da mídia, que revive o interesse por esta figura histórica, intensamente promovida por Marguerite Yourcenar, no seu fascinante livro, Memórias de Adriano, lançado em 1951. O sucesso mundial de vendas ajudou a autora a chegar à Academia Francesa, sendo a primeira mulher a integrá-la.

Uma exposição no British Museum, aberta há um mês, a realização de um documentário pela BBC, junta-se à adaptação para o cinema do livro de Yourcenar, desencadeiam uma releitura de Adriano, ao tempo que projetam sua figura para o centro do interesse cultural.

A mostra teve 12.000 ingressos vendidos antecipados pela internet, um recorde para o Museu. O filme deverá estar pronto em 2010, com Antonio Banderas no papel do imperador e locações na Itália, Marrocos e Espanha.

O livro, que considerei delicioso quando o li, é escrito em forma de carta de Adriano, já no fim da vida, ao seu sucessor Marco Aurélio. Yourcenar levou 25 anos para escrever o livro, tendo realizado sólida pesquisa histórica para, segundo ela, refazer, por dentro, aquilo que os arqueólogos do século 19 fizeram por fora.

Saiba mais no jornal Folha de S. Paulo, edição de 26/08/08.

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

“Historia magistra vitae”, ensinava Heródoto, para afirmar que não se deve estudar esta disciplina senão para tirar-lhe as lições. Capítulo jamais encerrado entre os historiadores é o que trata da queda de Roma. A pequena aldeia do Lácio soube expandir-se até dominar a península da Bota; passou-se à conquista de todo o litoral do Mediterrâneo, aprofundou-se pela Ásia. Seus governos, avidamente disputados pela nobreza de armas, experimentaram a monarquia, a república e o império. Tornou-se grande coisa ser cidadão romano; Paulo, o apóstolo, pôde certa vez, livrar-se da prisão simplesmente anunciando esta sua condição.

Célio Ferreira Facó disse...

Como seja, pelo menos administração perdulária, exército de mercenários e completa falta de compromisso das elites locais com o povo, o qual foi sempre mantido à margem do Poder, apontam-se por todos os historiadores como causas diretas da decadência. Calígula nomeou seu cavalo, Incitatus, senador. Ócio na corte pôs em risco a soberania do Império. Ao fim, entraram os bárbaros. Entre nós, uma republiqueta da América do Sul, às voltas com o destino recorrente de desenvolvimento insuficiente, governos populistas e justiça enviesada não teria dificuldades em achar semelhanças com Roma decadente. Por nossa culpa nunca chegamos ao apogeu. Não deixe Fortaleza e Estado nas mãos de uma família, grupelho só.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,
Li no blog do dep. Leo Alântara que foi o senhor que implantou o Plantão Gramatical de Fortaleza, no ano de 1979.
É um grande serviço.
Parabéns pela iniciativa.
O senhor podia postar sempre sobre seus feitos por onde passou, pra gente poder ficar sabendo mais.