segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cinema

O número de salas de cinema no Brasil está crescendo. O fato deve-se à expansão do setor de shoppings. Entre 1997 e 2007, o número de salas passou de 1.075 para 2.120. A previsão é de crescimento, pelo menos para os próximos quatro anos.

Estamos longe, ainda, de atingir a marca de 1975, quando eram 3.276 salas em funcionamento no País. O fundo do poço aconteceu em 1995, quando chegamos a ter apenas 1.033 salas exibidoras.

Apesar do aumento do número de salas, a quantidade de ingressos vendidos vem caindo desde 2005. O máximo vendido, no intervalo de dez anos, foi em 2004, de 117,5 milhões. O recuo de público é de 24% desde 2004.

O preço dos ingressos, por sua vez, aumentou 66%, desde 2000.

Depois de um longo período de estagnação, a produção de filmes no Brasil avançou em quantidade e qualidade. Parece faltar, ainda, uma política de exibição que dê mais sustentação ao setor.

Os cinemas de bairro e as grandes salas dos centros das cidades, desapareceram para se confinarem nos shoppings, segundo uma nova concepção funcional.

Um dia desses passeei, com meu neto Lúcio, pela Avenida Bezerra de Menezes e adjacências, para mostrar-lhe locais onde vivi, até deixar a casa de meus pais para me casar.

Atraído por uma notícia de jornal, que dava conta de sua reabertura, percorri a rua onde funcionou o Cine Nazaré, que freqüentei com assiduidade, durante minha infância. A fachada pobre estava decorada com três cartazes toscos, feitos a mão. Um deles, que anunciava o seriado do Durango Kid, me transportou de volta a um passado de despreocupação e felicidade, em parte vivido naquele salão modesto de um cinema de bairro.

Se alguém puder me ajude, o Durango Kid era o Hopalong Cassidy, montado em um cavalo branco, e sempre acompanhado de um trapalhão que chamávamos carinhosamente de doidinho?

Saiba mais no jornal Folha de S. Paulo, edição de 20/07/08.

3 comentários:

Marcilio S. disse...

Caro amigo Lúcio, saudações. Nas minhas andanças pela rede encontrei o Durango...embora reconheça que não vivi essa época. Mas deixo o link para que possa matar a saudade. um abraço. http://br.youtube.com/watch?v=6fUScfqXrgw

Unknown disse...

Ao ler o post lembrei também da minha infância quando assistíamos, eu meus irmãos,semanalmente às sessões de cinema no salão polivalente do círculo operário de trabalhadores cristãos do São João do Tauape. Alí os meus preferidos eram os filmes de "cowboy". Valeu Dr. Lúcio!!!

Célio Ferreira Facó disse...

Esta bela capa da revista de quadrinhos. Quem á o mascarado, de armas em punho? Quer assaltar a comunidade? Ou é-lhe antes um paladino dos direitos? No Brasil, no Ceará, anoto com inquietação que BANDIDOS já nem se dão o disfarce do lenço ao rosto: permitem-se agir à luz do dia, de cara descoberta. Se quiserem, anunciam-se em bom som. Bem como aos “amigos” dos tribunais superiores a que recorrerão, se precisar. A tecnologia e os novos institutos fizeram também que trocassem o revólver por armas dissimuladas: a empresa de fachada, o amigo-laranja, a aliança pluripartidária, suprapartidária, as leis “encomendadas” ao Legislativo, onde reúnem muitos compadres, indiferentes todos a qualquer princípio ou moral. Vejo também que nestes nossos dias de hoje já não se editam aquelas revistinhas; seus temas, histórias, entretanto, permanecem atuais, reais.