No Festival de Cinema de Paulínia (SP), um filme documentário encantou a platéia. Foi Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Manoel, Micael Langer e Cavito Leal.
Conta a história do músico-cantor. O artista que inventou a pilantragem e tinha um jeito especial de encantar auditórios, que dominava com sua extraordinária facilidade de comunicação. Criou, para si, a imagem do malandro carioca, esperto, bon vivant.
No auge da fama, teve um desentendimento com seu contador, em quem mandou aplicar uma sova encomendada a agentes do DOPS. Terminou por ser acusado de informante da polícia política, responsável por prisões e torturas durante o regime militar.
Execrado pelo meio artístico, ficou sem gravar e fazer shows, até morrer, esquecido, consumido pelo álcool. Nunca chegou a ser reabilitado.
O filme está sendo elogiado por apresentar os fatos de forma neutra, sem enveredar pelo caminho, tão ao gosto dos brasileiros, das hagiografias post mortem.
Quem viu e ouviu Simonal, não esquece do seu talento e empatia, cantando com graça aliciante canções simples, como Meu Limão, Meu Limoeiro.
Foi, é inegável, um grande show man.
Saiba mais em O Estado de S. Paulo, edição de 10/07/08.
sábado, 26 de julho de 2008
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Um comentário:
Bela e merecida homenagem a Wilson Simonal, um cantor com jeito de brasileiro puro, da gema. Parabéns!!!
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