O jornal Folha de S. Paulo, através de seu suplemento dominical Mais!, formulou as seguintes questões a 30 críticos e professores de literatura:
- Qual é maior escritor, Machado de Assis ou Guimarães Rosa? Por quê?
- Qual é a obra mais importante do autor em que o(a) sr.(a) votou? Por quê?
O jornal abriu a possibilidade dos leitores votarem pela internet. O resultado será divulgado neste domingo, 29 de junho de 2008.
A iniciativa está inserida no contexto de celebração de duas datas centenárias. Há cem anos, morria Machado e nascia Rosa.
O bruxo do Cosme Velho venceu por onze a dois. D. Casmurro e Grande Sertão Veredas empataram na preferência dos votantes.
A diferença de cem anos entre um e outro, a meu ver, dificulta a comparação. O mais velho tem uma reputação sedimentada. O mais novo ainda não atingiu a distância cronológica que permita julgamento isento.
Saiba mais na Folha de S. Paulo, edição de 22/06/08.
- Qual é maior escritor, Machado de Assis ou Guimarães Rosa? Por quê?
- Qual é a obra mais importante do autor em que o(a) sr.(a) votou? Por quê?
O jornal abriu a possibilidade dos leitores votarem pela internet. O resultado será divulgado neste domingo, 29 de junho de 2008.
A iniciativa está inserida no contexto de celebração de duas datas centenárias. Há cem anos, morria Machado e nascia Rosa.
O bruxo do Cosme Velho venceu por onze a dois. D. Casmurro e Grande Sertão Veredas empataram na preferência dos votantes.
A diferença de cem anos entre um e outro, a meu ver, dificulta a comparação. O mais velho tem uma reputação sedimentada. O mais novo ainda não atingiu a distância cronológica que permita julgamento isento.
Saiba mais na Folha de S. Paulo, edição de 22/06/08.
5 comentários:
Grande é Graciliano Ramos; Machado é, porém, insuperável. “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes de meu cadáver dedico, como saudosa lembrança, estas memórias póstumas”. Está assim a dedicatória de Brás Cubas logo no intróito do seu livro de recordações. Palavras terríveis, significativas da crueza mesma desta nossa existência. De Machado de Assis a crítica é unânime em reconhecer que ganhara em vida, certamente, todos os prêmios literários, se tivesse a sorte de ter nascido no centro do mundo, não na periferia dele. Como seja, ganhou a pátria brasileira, ganhou a língua e literatura portuguesas este nosso máximo representante. Não é apenas o artista consumado da palavra; é o notabilíssimo fazedor de contos e personagens imorredouros, numa narrativa plena de discussões, sabedorias e reflexões sobre a condição humana. É ele mesmo um portento de resistência e superação sobre as maiores adversidades. Estas, porém, deixaram-lhe marcas.
Governador, mais fácil é medir a olho nu a distância da terra ao sol do que saber qual, Rosa ou Assis, é de maior gênio. Ainda assim, o bruxo do Cosme Velho seria meu voto. E você, torcedor do Ferroviário, vai ficar em cima do muro? (Josué de Lima)
De forma alguma. Marco Machado sem pestanejar. É muito mais universal e investigador da alma humana. Sem falar do estilo que julgo primoroso. Sou Ferrim, Vasco e Portugues da Desportos. Que tal? Gostou?
Governador, o Sr. incluiria o nome de Graciliano Ramos,como muitos o fazem, nesta constelação de singularidades incomparáveis da ficção brasileira?
Sim, colocaria. De certa forma prefiro Graciliano ao Rosa. Gosto do jeito como ele fala do nordeste e dos nordestinos. Mais de como o Rosa fala do sertão. Além disso aprecio os dramas urbanos que criou com perfis bem traçados da alma humana. Refiro-me à Angústia.
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