A tragédia que atingiu a China tem proporções gigantescas. Conta-se, aos milhares, o número, que não pára de crescer, de mortos e feridos.
As escolas cheias, numa segunda feira, soterraram crianças e mestres, improvisando mausoléus instituidos pela convulsão da terra.
Foram quase 7.000 escolas destruídas. O Governo anuncia investigação para averiguar suspeita de corrupção na construção dos edifícios, que ruiram como castelos de cartas. Ela, a velha e sempre nova corrupção, sob mil disfarces, espalhada por toda parte, fazendo vítimas inocentes.
A dor maior é dos pais que ouviram as vozes dos filhos sob os escombros, até se apagarem de vez, diante da impotência do resgate. Dor agravada pela chamada política do filho único. Medida adotada pelo Governo, há cerca de 30 anos, para deter a escalada do crescimento demográfico. Perder um filho é dor imensa. Perder o único, é dor irreparável.
Hoje, são 80 milhões de filhos únicos na China. Conhecidos como pequenos imperadores, são alvos de todo carinho e esperanças dos pais.
Vê-los morrer é, em parte, morrer com eles.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Campanha para prefeito. Luizianne, IMPEDIDA (PELO JUDICIÁRIO, ainda bem!) DE FAZER CAMPANHA FORA DE ÉPOCA e, sobretudo,de fazê-la usando a inauguração (A Prefeita e grupelho da reeleição entram agora a inaugurar tudo, com o soar de trombetas!) de obras públicas como palanque improvisado, FÁBIO CAMPOS escreve hoje, em O Povo, fingindo espanto. Quer diluir esta culpa de Luizianne por todos os outros candidatos. Finge esquecer que estes não estão prefeitos agora nem dispõem da máquina da administração municipal em seu benefício. Equivocado, o repórter (Escreveu hoje como um ghost-writer de Luizianne!) alega “judicialização da disputa”, como se não soubesse que LEIS eleitorais existem para ser cumpridas e o Judiciário, provocado, para sentenciar. Como se não soubesse que “inerente” à função de prefeito é apenas administrar a Cidade com TOTAL impessoalidade e eficiência. Justamente o que falta ao grupelho da reeleição.
Comentário sobre o comentário acima ->(Se toda administração pública fosse impessoal, então deveriamos eleger um funcionário público para o cargo.)
Comentário sobre o texto China II
Bem atentado Lúcio. Essa dor deve modificar a moral social imposta com essa política de controle de natalidade. Resta saber se ela reforçará a necessidade de abertura política na China, como se comportará os gestores e a ssociedade mediante retrocesso no processo de desenvolvimento social. Boa parte de uma geração foi perdida e isso gera clamor e sentimentos nos sobreviventes, nova força para ideais libertários...
Veremos como estará a China daqui a uns 20 anos.
TRAGÉDIAS, CALAMIDADES NATURAIS como este terremoto na China, abatendo-se sobre regiões densamente povoadas, encerram, tragam vidas humanas às centenas, milhares e milhares. Placas tectônicas, revirando-se, ENTERRAM HOMENS E MULHERES COMO SE FORAM RATOS, vermes. Consomem num átimo, inesperado, o orçamento, riquezas de milhões e milhões, anos e anos. Só para curar feridas, afastar a fome dos sobreviventes, recompor os cenários devastados, mitigar o flagelo das epidemias. Depois é preciso reconstruir, recomeçar, diz-se. Certo, sobretudo para e por causa das gerações vindouras! Para as vítimas atuais, porém, muita vez nada mais é possível fazer. Para os familiares enlutados, estes não raro viverão o resto de suas existências com a dor fixa desta tragédia. Para eles, ela não acabará jamais. E, entretanto, estas calamidades naturais, inafastáveis, cíclicas, superiores a toda a indústria humana, há muito deviam já ter convencido todo o gênero humano e todos os governos do mundo de que só a FRATERNIDADE de todos os povos e de todas as pessoas devia ser o escopo de todos os governos, Estados constituídos. Todo o bem e toda a riqueza produzidos no mundo empregados para a paz e a felicidade coletivas. Devia ser este o argumento irretorquível para pôr fim a todas as guerras já.
A China é uma ditadura e ponto final. Por mais que o assaltado fale em pena de morte, por mais que o assediado por pedintes fale em controle da natalidade forçado, por mais que se despreze a pouca liberdade que temos e para a qual não fomos educados, que o simples bom senso e os valores democráticos falem mais alto! Sempre.
Postar um comentário