O Papa Bento XVI cancelou sua ida a Universidade Sapienza, em Roma, para proferir aula inaugural, atendendo a convite formulado pela direção daquela instituição de ensino superior.
O motivo, foi o protesto contra a presença dele por um grupo de professores e alunos alegando pronunciamento do então Cardeal Ratzinger, há cerca de dezoito anos, sobre a perseguição da Igreja Católica a Galileu. Na verdade, na ocasião, ele teria citado alguém que defendia a posição da Igreja no episódio, sem propriamente encampar a tese.
Sendo a Universidade local de debate e confrontação de idéias, o veto à presença do Papa cheira a obscurantismo e censura .
Um articulista português, escrevendo no jornal Público, disse que a reação ao Pontífice lembra a atitude da Igreja em relação a Galileu.
domingo, 20 de janeiro de 2008
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5 comentários:
RECUSOU-SE a universidade La Sapienza, de Roma, a receber o Papa Ratzinger nas comemorações do seu 705º aniversário enquanto ateneu. Alguns setores, jornais saíram a gritar apressadamente, que se trata de intolerância religiosa. Nada disso; não se trata, evidente, de intolerância. Esta tem que ver com perseguição política, cerceamento de direitos. Não fizeram isso os renomados, justos professores. Bento XVI, como se sabe, mantém que o universo foi criado em sete dias, que Eva nasceu da costela de Adão, que o casal foi depois expulso do paraíso terrestre etc. etc. São cientistas os honrados professores que se manifestam contra a presença do Papa no campus; alguns de fama mundial, todos sabedores de si e do maravilhoso poder descobridor da ciência. Esta, sim, estão a fazer, defender, promover nesta recusa política. Não estão a impedir que Ratzinger conteste Darwin e continue a afirmar, no limiar século XXI, todos os dogmas da vetusta Igreja católica, tão improváveis quanto absurdos. Não o cerceiam em seus direitos, aventuras metafísicas. Querem, apenas, que o faça, exerça LONGE da sua universidade, reservada para os debates científicos, verdadeiramente filosóficos. Não recusam o debate de idéias, propõem-no claramente, colocando-se a boa distância de seu interlocutor, em posição de luta. P. S. Certo recusaram-se a receber o Papa, delegado-mor da Igreja; não recusariam o cidadão Joseph Ratzinger em seus seminários, como visitante, aluno, devidamente habilitado. Não sei se o leitor Manoel achará que este caso tem algo que ver com o velho e sábio Heráclito. Talvez o faça, de novo, em texto eivado de erros ortográficos e de todos os tipos. Poderia usar uma gramática, consultar dicionários, deixar de usar vocábulos que não existem no idioma português.
e como lembra. o fato é que as universidades estão repletas de seres politicamente corretos, isto é, seres que se põe na posição de verdade incontestável, que, sempre que há uma oportunidade, tenta derrubar aqueles que têm a autoridade divina.
não tenho dúvida de que estes que vetaram o papa são comunistas. intolerância? só pra comunista...
facó,
por incrível que pareça há Heráclito aí tbm: a crença e a descrença; a luta dos contrário... lembra?
"deixar de usar vocábulos que não existem no idioma português."
amigo, é sempre bom criar. em relação ao seu português, não se pode dizer muita coisas... dói nos olhos!
rsrsrsrs
Falar em TOLERÂNCIA, quer dizer, convívio pacífico e fraterno, humano, leio o texto de Lúcio Alcântara sobre o seu Liceu. Pode-se encontrá-lo aqui mesmo, neste caderno eletrônico. Delicioso, iluminador. Não o quis redigir só com reminiscências dolorosas da juventude fugaz; é antes um libelo a favor da ESCOLA PÚBLICA, contra a exploração sistemática da educação pelo capital privado. Para ali fôra a cursar o científico. Espaço público, o velho colégio desafiava-o a rápido amadurecimento, entre alunos de variada procedência. Muitos, do interior, aqui acomodados na casas de parentes, na Casa do Estudante, em pensões, não sem grandes dificuldades que enfrentar. Outros, filhos da Capital, de origem modesta ou membros da classe média. E, note-se, toda esta gente buscava o mesmo Liceu pela qualidade do ensino. Tolerante, democrática, permitia-se a convivência enriquecedora em espaço público. Revê na memória os mestres. Francês, e inglês, e espanhol em escola pública! Era então motivo de orgulho ser aluno, professor, diretor do Liceu. Hoje a escola pública DETERIOROU-SE. O ensino é indústria, empresa. Fica a constatação de uma política pública asinina para a educação, de conluio com a iniciativa privada, a abandonar à própria sorte gerações e gerações sem o espaço generoso, seguro da boa escola pública.
Ô MANUEL JR. E CÉLIO FACÓ VOCÊS BEM QUE PODIAM DEIXAR DE "ARENGA",NÃO É MESMO?!
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