quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Avaliação

Para os fanáticos pela avaliação, uma anedota que circula na web.

A- Exercício:
6 + 7 = 18

B- Análise :
A grafia do número 6 está absolutamente correta.
O mesmo se pode concluir quanto ao número 7.
O sinal operacional + indica-nos, corretamente, que se trata de uma adição.
Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo, 1, está corretamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um 3 escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos... a sua intenção era, portanto, boa.

C- Avaliação:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que a atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão corretamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias...- realçando as conexões matemáticas que existem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um excelente...


Acrescento eu: quando o errado vira certo, avaliação é embromação. Às vezes, cara e perigosa.

4 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Será talvez por critérios semelhantes de vista grossa, complacência, cumplicidade ou até puro faz-de-conta que se acham os índices de aprovação do governo de Lula. INDIVIDUALISTA, dono de uma personalidade dobre, quase nunca tem nada que dizer o Presidente. Precisa aprender a silenciar. Agora saiu-se com o equívoco de insinuar que só a imaturidade pode querer ver nus – artísticos ou não. Provocado, fala sempre qualquer coisa, diz gracejos insípidos. Não liga para ninguém, acha-se e ao seu governo incomparável. Como se dissesse: ganhei, ganho, governo sozinho. Arrogante, tem obtido uma aprovação interna passiva, bovina. Nas batalhas externas, só nos promove a condição de Nação periférica, subserviente. Tem horror à decisão; paixão pela omissão. Deixa que tudo se resolva sozinho, enquanto maquina, tece a sua máxima permanência no Poder. Viaja tranqüilo, alheio às reais necessidades do Governo, do País. Quando se for, não será lembrado senão como outro grande atraso nacional. Nesse ínterim, a Nação padece, meio órfã, vítima da própria modorra, leniência, como o aluno do exemplo acima.

Unknown disse...

A conta será muito alta e não deixará de ser cobrada quando o errado vira certo.
Os atuais gestores de trânsito em Fortaleza conseguiram instalar diversos fotossensores e não houve tanta reclamação quanto antes pois a maioria acata e respeita as regras do CBT. Infelizmente, não sei se por falta de agentes, o estacionamento irregular não foi combatido e agora diversas ruas só permitem a passagem de um só veículo, pois os dois lados estão ocupados indevidamente, na Carlos Vasconcelos, Gomes de Matos, Antonio Augusto e João Cordeiro, por exemplo. Se o próximo gestor quiser combater esses infratores mesmo com o respaldo da maioria terá grandes dificuldades. E alguns poderão avaliar e pensar que a anterior era melhor.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

Incrível como esse exercício
atravessado e torto é largamente praticado pelas esquerdas. Para eles - que têm como dogma a máxima de que os fins justificam os meios, resultados (mesmo matemáticos) têm componentes subjetivos para justificar desvios, abusos, atrocidades, e até para explicar ditaduras tiranas em pleno século XXI, como a de Fidel. Para eles, não é o regime socialista que pratica atos de terrorismo, mas sim os cubanos que tentam fugir daquele regime. Não é também prender pessoas pela vida inteira, nem fuzilá-las. Nem afundar balsas matando famílias em fuga. No cálculo vesgo deles, crime é tentar fugir de Cuba, conforme previsto no artigo 216 do Código penal cubano, que pune com prisão todo aquele que ousar buscar melhores condições de vida ou sonhar com a liberdade.

A lógica que norteia o pensamento da esquerda é bem resumida por Olavo de Carvalho, quando diz: "não é a finalidade que determina o processo, mas o processo é que determina a finalidade. Esta não é senão o processo mesmo considerado na sua totalidade."

Os articulistas de hoje chamam isso de relativismo da esquerda. Ou seja, a verdade é sempre relativa. Como no caso apresentado em seu texto, o resultado sempre pode ser avaliado dentro da conveniência.

Um bom exemplo disso é o do líder do governo na Assembléia cearense. Passou o governo anterior combatendo ferozmente a terceirização dos presídios, ou seja, naquela época, o resultado de 6 + 7 pra ele era 13. Agora, convém defender as terceirizações no governo Cid. E o que isso significa? Que agora o resultado de 6 = 7 é com certeza 18. E haja retórica vazia pra justificar a conveniência do momento.

É como afirma com preciosismo Reinaldo Azevedo: "A falha moral essencial de um esquerdista está no relativismo. Para eles, não existem Bem nem Mal. Os eventos valem por sua utilidade instrumental."

Cris

Anônimo disse...

CARA CRIS,
SEUS COMENTÁRIOS SÃO PERFEITOS.PARABÉNS!