segunda-feira, 5 de março de 2007

Um projeto para mudar o Brasil

Em janeiro de 2006, parlamentares das bancadas federais do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco fizeram uma moção de apoio ao governo federal, pelo empenho na realização do projeto de transposição das águas do rio São Francisco.

Um documento produzido na ocasião observa: “somente alguém que sentiu na pele a situação de enfrentar longos períodos de estiagem, vendo-se obrigado a deixar a sua terra natal em busca de uma vida melhor, poderia entender o clamor do nosso povo e não se deixar levar pelas pressões dos que são contrários a oferecer um pouco d’água a quem tem sede”.

Independente de pressões localizadas e interpretações emocionais, tão prosaicas na história brasileira, mas pouco indicadas a este ou a outros casos, a transposição das águas do rio São Francisco vem deixando de ser uma miragem no deserto para transformar-se numa realidade concreta.

Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte seriam os estados diretamente beneficiados, mas um conjunto de medidas em prol do Velho Chico estenderiam os efeitos das melhorias para os estados vizinhos.

Antigas, as negociações foram sempre marcadas por avanços e recuos, e hoje são coordenadas pelo Ministério da Integração Nacional, com o acompanhamento de vários ministérios e do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, no qual a sociedade civil tem importante participação.

Devemos esclarecer que não se trata de uma questão nordestina, mas de um grande tema pátrio. A distribuição da água no território nacional é assunto que diz respeito a cada um de nós, brasileiros. E o princípio da federação, que nos rege, pressupõe compromisso com o todo, e solidariedade entre os estados membros.

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