sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Gregos

Os gregos não se entendem, ou não são entendidos.

Quando parecia que a união europeia havia enfim lhes arremessado uma boia de salvação feita de mais empréstimo e uma redução de 50% no valor da dívida soberana com os bancos o premier grego Papandreou ateou fogo ao mercado anunciando a convocação de um plebiscito para ratificar o acordo.

Com o povo nas ruas em permanente manifestação contra o remédio amargo das medidas de combate à crise ninguem poderia esperar algo diferente da rejeição da proposta.

Surpresos com o anúncio da proposta grega a União Europeia, leia-se Merkel e Sarkozy, radicalizaram : cabe à Grécia decidir se quer continuar a jornada juntos ou deixar a zona do euro.

Os economistas são unânimes em afirmar que sair do euro nas circunstâncias atuais equivale a um hara-kiri econômico.

A reação pragmática do ministro grego das finanças contra o plebiscito chamou o governo à realidade e a convocação foi desfeita. Da aprovação de um voto de confiança no parlamento depende o destino do governo.

Já há quem fale em renúncia do gabinete para dar lugar a um novo governo de coalizão com maior consistência política para dar prosseguimento ao plano de resgate financeiro do país.

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