No início da semana, Jorge Almeida Fernandes citou, a propósito do massacre da Noruega, o escritor italiano Claudio Magris que escreveu no Corriere della Sera a seguinte frase: "É uma vergonha, embora inevitável, registrar na memória o nome do assassino norueguês e não os das suas vítimas." É para tentar contrariar esta inevitabilidade da história que publicamos hoje alguns dos rostos, nomes e idade dos que morrerram no dia 22 de julho. Morreram na melhor juventude, não porque estavam doentes, ou porque estavam em guerra, ou com fome como as crianças condenadas da Somália. Não os deviamos esquecer porque podíamos ser nós, podiam ser os nossos filhos, os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos melhores amigos, o amor das nossas vidas. Vamos tentar.
*Fonte: Jornal Público - Lisboa, Domingo, 31/07/2011
2 comentários:
Aqui, no Rio de Janeiro, um insano também entrou numa escola e matou várias crianças.não fosse a ação de um policial que ali se dirigiu mais vítimas teriam sido alvo do elemento que planejou tudo aquilo, e até parece que nós já esquecemos a Tragédia do Engenhão....Isso que ocorreu na Nooruega pode acontecer em quaisquer parte do mundo.ALAERCIO FLOR
De pensar no imprevisível deste mundo.
Um minuto que se atrasassem ou se antecipassem estas vítimas e não teriam encontrado o seu matador.
Mas para que não o encontrassem era preciso que fossem outras, donas de outra história, viventes em outro mundo.
Para elas havia um matador no caminho.
Como para Drummond, uma pedra, uma pedra, uma pedra.
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