A crise política caudatária da econômica contribuiu para agravar a situação. O governo minoritário na Assembleia da República rejeitava reiteradamente a hipótese de auxílio externo, leia-se FMI.
Sem forças para implantar medidas urgentes foi empurrado para fora por uma oposição que vislumbrava a possibilidade de chegar ao poder.
A queda do governo determinou a convocação para junho de eleições nacionais. A postura das duas facções, uma para não ser apeada do poder (Sócrates e o PS), outra para alça-lo (Passos Coelho e o PSD), jogou-as no mesmo alçapão.
O programa do próximo governo, independente de quem vença, já está definido previamente. É a execução do acordo firmado para a obtenção do empréstimo junto às duas instituições financeiras internacionais.
A margem de diferença substancial entre propostas de governo de diferentes partidos políticos se já era mínima após o fracasso do comunismo soviético tornou-se nula no caso de Portugal.
O cardápio a ser oferecido aos eleitores irá girar em torno do desgaste de imagem de partidos e candidatos, simpatia pessoal, credibilidade, probidade e outros valores éticos e morais.
Não haverá espaço para promessas a não ser contenção e sacrifícios em prol de um futuro melhor que não estará muito próximo.
Só os comunistas acenarão com um diagnóstico razoável e um saco de soluções que não cabem na realidade.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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