quarta-feira, 4 de maio de 2011

Estrela III


Elizabeth Taylor - a última das estrelas, integrante de um grupo vinculado aos grandes estúdios de Hollywood no apogeu do cinema americano.

Greta Garbo, Ava Gardner, Rita Hayworth, Marlene Dietrich, Grace Kelly, protagonizavam nas telas e na vida real cenas luxuosas cheias de glamour e elegância semeando escândalos feitos de excessos que desdenhavam das normas sociais.

A filmografia de Taylor é extensa e divizível em grupos de filmes que correspondem a fases de sua vida.

A menina pura e casta de Lassie e a boneca de rosto perfeito e olhos violetas de Mulherzinhas (1949) e o Pai da Noiva (1950) não advinhavam ainda a devoradora de homens de sucessivos casamentos e vida tumultuosa  que se constituiu em prato cheio para a imprensa ávida de notícias escandalosas.

Na primeira metade dos anos 50 atuou em filmes de aventuras como Ivanhoé (1952), melodramas, Rapsódia (1954) com o esplendor de sua fotogenia e no final da década, já uma figura sexy, em peliculas das quais Gata em Telhado de Zinco Quente 1958) é um exemplo.

Como Cleópatra (1963) viria a desempenhar seu papel paradigmático movida pela paixão na tela e na vida real por Marco Antonio na pele de Richard Burton com quem casou duas vezes numa relação turbulenta regada a álcool e diamantes.

O encontro com Burton culmina um desfile de maridos e amantes que começa com um rico herdeiro da cadeia de hóteis Hilton, seguindo-se o produtor Mike Todd, o ator inglês Michael Wilding e Eddie Fisher, que "roubou" à sua amiga Debbie Reynolds o que lhe valeu a censura social e o fim do estado de graça de sua imagem pública.

Matrona preoccemente envelhecida revela-se atriz de insupeitados recursos nos filmes Adeus as Ilusões (1965) e Quem Tem Medo de Vírginia Woolf .
continua...

2 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Vejo a foto da atriz. Sentada sobre as pernas, sóbria, quase toda coberta numa grande roupa de praia, ainda transpira sensualidade, leveza, feminilidade, expressão de um estado de espírito.

A comparar-se com o comum das nossos modelos atuais, estas aparecem com a leveza de vacas ao pasto, prontas para o abate indiferente.

Anônimo disse...

Concordo por completo com a análise do nosso nobre Facó. E lamento.

Kilmer Castro