Caro leitor, caso queira buscar uma religião, evite aquelas que têm menos de mil anos.
Luiz Felipe Pondé
No artigo Uivando para a lua, publicado no jornal Folha de S. Paulo, edição de 01/06/09.
domingo, 7 de junho de 2009
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3 comentários:
Antiguidade não será mérito.
A abonar as religiões por este crivo restaria justificada a dos antigos egípcios, que adoravam o sol, o Nilo, os gatos e até as cebolas.
Tantos deuses não impediram jamais que o faraó e os sacerdotes escravizassem boa parte da população e mantivessem o restante na mais absoluta ignorância. Estes acreditavam por exemplo na reencarnação e na astrologia.
Os hebreus, povo quase tão antigo quanto os habitantes da Mesopotâmia, compuseram para a própria adoração um deus material, vingativo, cruel e cheio das paixões humanas.
Foi este o modelo adotado e exacerbado pelos judeus, cujas tradições passaram em boa parte para o cristianismo.
Já se disse que Cristo é maior e melhor que todo o cristianismo, o qual, depois, apóstolos e os primeiros Padres da Igreja ergueram em nome dele.
Nos dias atuais, grassam ainda seitas evangélicas dissidentes.
Quase todas querem destacar-se pela grosseria dos cultos e pela esquisitice das novas regras inventadas pelos seus chefetes. Algumas chegam a proibir o shampoo para as mulheres. Ou o cabelo mais curto.
Entre os católicos, é o próprio papa que assusta o mundo com uma pregação contra o evolucionismo das espécies e o uso de anticoncepcionais.
Não raro penso que estes senhores querem apenas testar a paciência e a resignação dos seus rebanhos.
Mas, Lúcio...que seria da sua religião, a Católica Apostólica Romana, se os primeiros cristãos tivessem seguido este imponderado conselho, agindo como surdos às pregações de Pedro e Paulo?
"Quem tem olhos, que veja. Quem tem ouvidos, que ouça." - isto sim, aconselhou o nosso mestre comum, o nazareno.
(Ricardo Alcântara)
Acho assim. Primeiro a Fé. Depois a religião.
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