segunda-feira, 9 de março de 2009

Saudade IV

À guisa de conclusão, selecionei uma das muitas tentativas de conceituar saudade.

Desta vez é o que está no poema Camões, de Almeida Garrett, segundo vem no livro Viagens na Minha Livraria, de A. F. Barata, Barcelos, 1894, p. 51:


Saudade! gosto amargo de infelizes
Delicioso pungir de acerbo espinho
Que me está repassando o íntimo peito
Com dor que os seios d'alma dilacera
Mas dor que tem prazeres; - saudade

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

Saudade é palavra bela desta nobre língua portuguesa.

Muito tempo ocupou a imaginação de alguns filólogos como sendo a mais bonita do idioma.

Vã disputa. De gustibus non est disputandum. Para Rui Barbosa este lugar de honra devia dar-se a "Magistrado". Outros já escolheram "Mãe".

Quase cada bom conhecedor da língua terá a sua escolha.

Melhor é ouvir a poesia da fonética e da sintaxe deste nobre e maltratado idioma.