terça-feira, 19 de agosto de 2008

História de Portugal

Pedagogos portugueses estão preocupados com o debate acerca do ensino da História em seu País. Nas últimas reformas educativas, o tempo letivo da disciplina foi drasticamente reduzido, e a tarefa de a ensinar deslocada para a periferia.

O Currículo Nacional do Ensino Básico, imputa à História a responsabilidade de construir "esquemas conceituais que ajudem [os alunos] a pensar e a usar o conhecimento histórico de forma criteriosa e adequada, e que contribuam para o perfil de competências gerais".

A análise deste e de outros documentos curriculares, indica que os propósitos orientadores do seu ensino, deixaram de se limitar à comunicação e conhecimento da herança civilizacional, alargando-se à explicação do presente, à compreensão dos problemas atuais, à procura de soluções para esses problemas, ao entendimento da conjuntura internacional, à valorização de civilizações, à preparação para a democracia participativa…

Mas esses propósitos estão se mostrando incompatíveis com a carga horária semanal que lhe está destinada, a qual varia de acordo com a escola e o ano de escolaridade: as Ciências Humanas e Sociais (História e Geografia) dispõem, no sétimo ano, de dois blocos de noventa minutos; e nos oitavo e nono anos, de dois blocos de noventa minutos e um de quarenta e cinco minutos. Sendo esta carga horária distribuída pelas duas disciplinas, à História pode ser atribuído apenas um bloco de noventa minutos ou um bloco de noventa minutos mais um de quarenta e cinco minutos.

Sem resposta para estes dilemas, apresentaram, de forma irônica, o filme que se segue como o futuro da disciplina, onde a História de Portugal é contada em sete minutos e dezessete segundos:



Ironia à parte, sabemos que o conhecimento histórico é importantíssimo para perpetuar a memória da humanidade, entender o presente e nos prepararmos para o futuro.

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