A Folha de S. Paulo, edição de domingo, 06/04/08, trouxe a mensagem de despedida do seu ombudsman, jornalista Mário Magalhães.
Na verdade, o mandato dele encerrara no dia anterior. As regras que disciplinam o exercício do cargo, permitem que o titular possa ser reconduzido por mais dois períodos.
A direção do jornal e o jornalista não chegaram a um acordo quanto às condições para execução de seu trabalho. Daí o jornalista ter optado por dar por concluída sua missão.
E qual foi a divergência? A Folha condicionou a permanência ao fim da circulação, na internet, das críticas diárias do ombudsman. Alega, para tal, a vulnerabilidade do meio, o que permitiria acesso às mesmas, até de concorrentes.
Note-se que mencionadas críticas são, na expressão do jornalista, verdadeira autópsia do jornal. A exposição de suas vísceras, fraquezas e virtudes.
As críticas serão doravante enviadas por correio eletrônico a um número limitado de jornalistas e funcionários da empresa. Por considerar a medida um retrocesso, pois barra o acesso dos leitores comuns às observações feitas, é que o jornalista decidiu não continuar no cargo.
Segundo ele, não é praxe entre jornais do mundo inteiro compartilhar essas informações na rede. Informa, ainda, o jornalista, não ter encontrado na Organização de Ombudsmans de Notícias, com participantes de treze países, quem, como ele, digitasse, todo santo dia, uma crítica ou memorando.
O fato permitiu ao leitor conhecer um pouco mais da dinâmica de relacionamento do ombudsman com a direção, redação e leitores do jornal.
O jornal cearense O Povo, que há tempos tomou a iniciativa de implantar a figura do ombudsman em seus quadros, bem que poderia aproveitar a oportunidade para melhor informar sobre seus mecanismos de funcionamento.
A valorosa jornalista Adisia Sá, dos quadros do jornal, tem sido grande impulsionadora das ouvidorias, além da imprensa, no setor governamental e na iniciativa privada.
terça-feira, 8 de abril de 2008
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6 comentários:
No Setor Governamental houve um gravíssimo retrocesso, Dr. Lúcio.
A REDE DE OUVIDORES, existente até o fim de seu Governo, está às moscas. ( a bem da verdade não sei em que governo foi criada)
Em termos de OUDIDORIA o que existe é um CALL CENTER na cidade de CANINDÉ, que emprega menores ou pessoas carentes da comunidade, que, coitados, estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Não sabem de nada, não ouviram nada, procuram mas não acham. A culpa não é deles e sim de quem "BOLOU" tal call center prá inglês ver.
Quem quiser pode verificar isso que estou dizendo. O nº é 155. A gurizada quer fazer alguma coisa, porém não são e nunca serão ouvidores. Não existe mais aquele compromisso que exeistiu no Governo Lúcio Al^cânta de responder à demanda, inclusive pelo próprio Governador Lúcio Alcântara através do FALE COM O GOVERNADOR.
Bom ainda que se diga que a Secretaria ou vinculada em que seu Ouvidor não respondesse a demanda em um prazo determinado, tinha cortado seu acesso ao sistema, ficando sem poder operacionalizar coisa nenhuma até que a demanda fosse respondida. Ai sim, se fazia alguma coisa, apesar de faltar muitissimo pra se ter uma Ouvidoria de qualidade.
Hoje ninguém sabe quem é o OUVIDOR de Secretaria nenhuma. Não existe isso em canto algum.
Telefonei algumas vezes para o 155 para saber quem ´o OUVIDOR da Defensoria Pública, pois a Dra. Amália, que era a ouvidora, sempre me atendeu muito bem e resolvia todas as minhas dúvidas e solicitações. Pois bem: Passei quase 10 minutos e o atendente não descobriu informação tão simples. Só tive a opção de desligar decepcionado.
A propósito: ALGUÉM SABE QUEM É O OUVIDOR DA DEFNESORIA PÚBLICA?
Eu também gostaria muito de ser informado sobre a Ouvidoria da Defensoria Pública. Mandei emails pelo site e nao recebi qualquer resposta. Se alguém souber quem é o ouvidor por favor pose aqui no blog ok?
Com o intuito de colaborar, procurei no site da Secretaria da Controladoria e Ouvidoria a relação dos ouvidores das Secretarias estaduais e vinculadas, PORÉM NÃO TEM NADA LÁ NÃO.
Dr. Valdo Silva, Presidente da ABO, Professora Adísia Sá, Ouvidora Emérita, podia nos dar uma ajudinha? Será que não tem mais ouvidores no Governo do Ceará?
Doutor Lúcio,
Interessante seu comentário sobre os ombudsmen...
A introdução da figura do ombudsman no jornal "O Povo", por exemplo, representou uma conquista para os leitores.
Tivemos bons ombudsmen no jornal.Lembro-me especialmente de Adísia Sá,Lira Neto e Plínio Bortolotti. Este último, aliás, nunca deixou de responder as minhas mensagens, muita delas criticando o "ranço esquerdista" que eu enxergava na redação. E sempre o fez com elegância, ainda quando discordava das minhas ponderações.
O atual, Paulo Verlaine, me parece um pouco à vontade no cargo...Logo no início ele criticou a coluna do Valdemar Menezes alegando afirmando que ali era dado muito destaque à Igreja Católica.
Ora bolas, tal fato me soou como um patrulhamento ideológico. O Valdemar tem todo direito de escolher os assuntos.E a religião católica é a crença da esmagadora maioria dos cearenses...
Não sei qual a religião do Sr. Verlaine, mas a antipatia que ele tem pela Igreja Católica me fez tomar uma decisão: enquanto ele for o ombusdman, não perderei tempo de ler sua coluna no jornal "O Povo"
Armando Lopes Rafael
Crato - CE
se o ombudsmam do jornal o povo tivesse alguma influência sobre o conteúdo do jornal e também se tivesse mais compromisso com o leitor e menos com sua ideologia talvez o jornal não estivesse tão escancaradamente a favor da Luizianne e com tanta má vontade, para dizer o míniumo, com o Lúcio Alcântara.
o jornal tá juntando a fome com a vontade de comer: recebendo polpudas verbas da PMF e a redação históricamente petista de carteirinha.
A redação deve estar recebendo polpudas verbas do governo do estado também!
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